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Goiânia, 20/04/24
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Foto: PRF/Divulgação

Uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União, Polícia Rodoviária Federal e auditores fiscais, entre os dias 13 de 19 de outubro, resgatou 116 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão em uma fazenda em

Trabalhadores que viviam em situação análoga à escravidão são resgatados em Água Fria de Goiás

22/10/2021, às 18:02 · Por Eduardo Horacio

Uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União, Polícia Rodoviária Federal e auditores fiscais, entre os dias 13 de 19 de outubro, resgatou 116 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão em uma fazenda em Água Fria de Goiás, no nordeste goiano. O grupo era formado por adultos, adolescentes e crianças.

As investigações concluíram que os funcionários da fazenda extraíam palhas de espigas de milho para a produção de cigarros. O grupo recebia R$ 5 por quilo de palha recolhido e era obrigado a pagar pelos materiais que usavam. Os trabalhadores também não tinham alimentação suficiente – com acesso a apenas duas marmitas com arroz e carne por dia – e dormiam em alojamentos sem higiene.

No local, ainda havia trabalhadores doentes e sem nenhuma assistência médica. Ninguém havia sido vacinado contra a covid-19. Além disso, não existia contrato e nenhum direito trabalhista. As vítimas saíram dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Piauí.

Medidas
A empresa foi notificada para formalizar os contratos de trabalho e pagar todos os direitos trabalhistas do período. O valor chega a R$ 900 mil. Além disso, a empresa deverá alojar os trabalhadores em local digno até que sejam pagos todos os salários e as rescisões.

Os trabalhadores também terão acesso a um Seguro-desemprego para Trabalhador Resgatado no valor de três salários mínimos. Além dos responsáveis pela empresa, outras cinco pessoas são suspeitas de intermediar a contratação ilegal da mão de obra.


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