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Procurador defende que o MP tem cortado na carne e nega a prática de condenar para depois investigar

Aylton Flávio Vechi é contra mudança no Conselho do Ministério Público

15/10/2021, às 11:21 · Por Redação

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Flávio Vechi, é contra as propostas de alterações na composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Vechi participou das conversas propostas ao autor e ao relator da PEC com entidades que representam o MP.

Para o chefe do MP, o texto não mantém o equilíbrio entre o CNPM e CNJ, com número  maior de integrantes para o de Justiça. Também critica o peso maior para conselheiros de fora da instituição que serão indicados pela Câmara e pelo Senado. “Haveria um peso político maior do controle do MP. O que estamos procurando alinhar é esse ponto, que nos gera desconforto”, destaca em entrevista ao O Popular.

O procurador também diz que o MP pune mais os membros que o Judiciário e nega a acusação da prática de condenar para depois investigar tenha quebrado empresas no Brasil. “Não podemos desdenhar do trabalho executado pela operação Lavajato, a despeito de alguns empreendimentos terem sido abalados”, diz.

Levantamento feito pelo Dieese/CUT, revela que o valor de investimentos que o Brasil perdeu foi 40 vezes superior aos valores recuperados pela operação. o estudo mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

 Somente o setor de construção civil perdeu cerca de 1,1 milhão de postos de trabalho por causa do modo de operar dos procuradores da Lava Jato. Obras paradas ainda dão prejuízos aos cofres públicos.

Em outros países há um modelo de acordo de leniência que é feito rapidamente, de forma a proteger as empresas e os empregos. No Brasil os acordos se arrastaram, quebrando centenas de empresas e provocando desemprego nos setores alvos de procuradores.  


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