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38% desses produtos foram contrabandeados principalmente do Paraguai e 17% produzidos no Brasil por fabricantes que não pagam os impostos devidos

Mesmo com alta dos preços, contrabando ainda domina consumo de cigarros em Goiás

08/10/2021, às 16:16 · Por Redação

Cigarros comercializados ilegalmente foram os mais consumidos em Goiás em 2020, aponta pesquisa do Ibope Inteligência/Ipec.

Conforme o estudo, a ilegalidade corresponde a 55% de todo o consumo no estado, sendo que 38% desses produtos foram contrabandeados principalmente do Paraguai e 17% produzidos no Brasil por fabricantes que não pagam os impostos devidos.

Em 2019, o mercado ilegal de cigarros respondia por 63% de participação no estado. A redução, segundo os pesquisadores, é atribuída ao cenário da pandemia, que provocou uma alta na moeda norte-americana, ultrapassando a marca de R$ 5.

Com isso, o preço médio do produto ilegal subiu de R$ 3,34 para R$ 4,64, aproximando, assim, do cigarro comercializado legalmente – que tem preço mínimo de R$ 5 por determinação da lei.

“Essa diminuição na diferença de preços provocou, pela primeira vez nos últimos seis anos, uma queda no consumo do cigarro ilícito e consequente migração do consumidor para o cigarro legal, produzido nacionalmente, sob as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, apontou Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), que divulgou a pesquisa.

Ainda segundo Vismona, apesar da diminuição do mercado ilegal no último ano, o resultado é circunstancial. “Esta queda é reflexo de um cenário atípico e, sem estratégias de longo prazo, o mercado ilegal voltará a crescer”, afirma.

Além da alta do dólar, o recuo incomum na economia ilegal também é resultado de restrições implementadas para contenção da pandemia, como o fechamento parcial de fronteiras e dos comércios formais e informais, além do fechamento temporário de fábricas de cigarros no Paraguai e o trabalho das forças de segurança.




Cigarro ilegal Goiás Contrabando
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