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Nicodemos Júnior Morais, de 41 anos, está preso e nega os crimes

Vítimas de ginecologista de Anápolis se aproximam de 50 mulheres

30/09/2021, às 11:33 · Por Redação

Já são 50 supostas vítimas que procuram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Morais, de 41 anos. A delegada Isabella Joy, titular da especializada de Anápolis, informou que duas possíveis novas vítimas serão ouvidas no início da manhã desta quinta-feira, 30, assim que a especializada abrir. O profissional é suspeito de abusar sexualmente de dezenas de pacientes. Ele nega os crimes.

Nicodemos foi preso no município na manhã desta quarta-feira, 29, durante a Operação Sex Fraud. A investigação que resultou na detenção do ginecologista teve início com a denúncia de três mulheres. Segundo a delegada, o médico aproveitava as consultas e os exames ginecológicos para cometer atos libidinosos. “Quando ele ia fazer o toque, de alguma maneira ele pegava de forma diferente nas vítimas”, contou ao Popular. 

A delegada explicou ainda que as mulheres relataram que ele também fazia comentários constrangedores e que teria chegado a fazer uma das vítimas tocar a parte íntima dele.

Nicodemos já foi condenado por violação sexual mediante fraude, mas estava cumprindo a pena em liberdade. De acordo com a polícia, a vítima relatou a mesma forma de falar e agir contado pelas vítimas goianas. No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência, também por violação sexual, mas o caso foi arquivado. Em Goiás, além de Anápolis, as vítimas já identificadas são moradoras de Goiânia e Pirenópolis.

A defesa do ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, preso nesta quarta-feira (29) durante a operação Sex Fraud, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), suspeito de praticar atos libidinosas contra pacientes, nega que o médico tenha cometido qualquer prática sexual com as mulheres que já atendeu.

O advogado Carlos Eduardo Martins, que faz a defesa do médico, destacou que Nicodemos é um ginecologista e que todos os exames e toques em pacientes realizados dentro do consultório tiveram fins de diagnósticos e nenhum teor sexual. “Não tem como ele fazer um diagnóstico mais preciso nas pacientes sem haver qualquer tipo de toque. Para isso, ele tem de fazer o que ele estudou e aprendeu. Todo contato que ele tem com as pacientes é de cunho profissional”, diz.


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