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Foto: Jackson RodriguesO grupo que comanda a Prefeitura de Goiânia avalia que o momento é de fortalecer o Republicanos visando a sucessão estadual do próximo ano e, consequentemente, enfraquecer o MDB, que se tornou o principal opositor de Rogério Cruz
Prefeito Rogério Cruz promove nova ‘caça’ a servidores que tenham qualquer ligação com MDB
15/09/2021, às 19:00 · Por Eduardo Horacio
Um servidor da Prefeitura de Goiânia reportou ao Poder Goiás
que “a Casa Civil nunca trabalhou tanto na atual gestão”. O motivo do esforço
extra é o grande número de exonerações de servidores comissionados ligados ao
MDB da Capital. A iniciativa do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) visa
eliminar da atual gestão todo e qualquer servidor que tenha ligação política
com o partido que administrava o Paço até 31 de dezembro – partido que também
ganhou a eleição de 2020.
O grupo que comanda a Prefeitura de Goiânia avalia que o
momento é de fortalecer o Republicanos visando a sucessão estadual do próximo
ano e, consequentemente, enfraquecer o MDB, que se tornou o principal
opositor de Rogério Cruz, ainda que o Paço mantenha o apoio pessoal dos
vereadores da legenda.
Com a força da máquina em Goiânia, o principal projeto
eleitoral do Republicanos é eleger o deputado estadual Pastor Jefferson
Rodrigues para deputado federal. O partido também aposta na eleição de uma
bancada estadual. Entre os nomes cotados para a Assembleia Legislativa estão o
da primeira-dama Thelma Cruz e do ex-prefeito de Itumbiara e atual secretário
de Desenvolvimento Humano e Social, José Antônio.
A ação deliberada de extirpar do Paço qualquer servidor que
tenha ligação com o MDB deve acender uma luz amarela no Palácio das Esmeraldas.
Até o momento, o governador Ronaldo Caiado tem formalizado o apoio do
Republicanos à sua reeleição. Porém, o movimento do partido de Rogério Cruz é
de oposição ao MDB, que está às voltas de consolidar aliança com o governador.
Briga
O rompimento entre MDB e Republicanos ocorreu após a morte do prefeito de
Goiânia, Maguito Vilela, em 13 de janeiro. Como prefeito interino, Rogério Cruz
demonstrava sintonia com o MDB. Dois meses após assumir em definitivo, o
prefeito abriu espaço para o seu partido e acelerou o desmonte da estrutura administrativa
organizada pelos emedebistas. O rompimento foi formalizado em 5 de abril.
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