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Para conquistar tal benefício, os clubes precisam comprovar que estes imóveis tenham relação com suas atividades essenciais

Isenção de IPTU aos clubes de futebol desagrada base e oposição a Rogério Cruz

15/09/2021, às 11:27 · Por Redação

A ideia do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) de isentar cobrança e perdoar clubes de futebol por dívidas com IPTU conseguiu agradar até sua base na Câmara de Vereadores. A ideia consta no projeto que o prefeito levou pessoalmente à ao legisltivo, que atualiza o Código Tributário Municipal (CTM). 

Para conquistar tal benefício, os clubes precisam comprovar que estes imóveis tenham relação com suas atividades essenciais. Na parte do texto que aborda o perdão, a proposta diz que se dará em relação a todos os débitos “até a publicação desta lei complementar”. O projeto de lei não informa, no entanto, se há necessidade de o imóvel ter relação com as atividades essenciais dos clubes.

Conforme notifica o jornal Opção, ao puxar o gancho da discussão que contou com o apoio de parlamentares da base, o vereador Santana Gomes (PRTB) discordou da possibilidade de isenção aos times e afirmou que, caso a ideia permaneça, é preciso existir algo que compense a sociedade. “Tem que ter uma contrapartida com o município. Acho que temos que apresentar emenda que pode até ter isenção, mas eles também mantém uma academia para a secretaria de Esporte ou algo assim. Qual é a contrapartida que o pagador de impostos e a sociedade vai ter com isso?”, questionou Santana.

Cabo Senna (Patriota) e Pedro Azulão Jr. (PSB) foram dois vereadores da base que concordaram com o perretebista. “Os clubes ganham muito dinheiro, se vende jogador de milhões. Vai zerar e não vai cobrar mais nada? Precisamos conversar muito a respeito disso. temos que estudar muito, porque se aprovarmos vai ficar muito fácil aos clubes”, afirmou o patriota.

Em resposta, no entanto, Clécio Alves (MDB), que presidia a sessão, afirmou que esse questionamento já havia sido respondido pelo próprio Santana Gomes, através das compensações. “O vereador Santana deu a solução. Vai isentar? Então qual a contrapartida? É simples”, disse.

O vereador Kleybe Morais (MDB) até chegou a sugerir uma forma de contrapartida de cunho social, visando reduzir a marginalidade entre os jovens e contribuir com crianças que vivem em situação de vulnerabilidade. “Eu propus os times destinem 10% das vagas de suas escolinhas, independente da modalidade esportiva, seja basquete, vôlei, natação ou futebol, para crianças carente. Inclusive com uniforme e e todo o aparado necessário a prática esportiva”, explanou o emedebista.

No entanto, Pedro Azulão Jr. não se mostrou contente com a situação e ressaltou a responsabilidade da Câmara Municipal em ter poder de convencimento quanto a essa questão, para que cidadãos goianienses não acabem prejudicados. “Como esse pessoal consegue esses benefícios? Não adianta falar que vai dar 30% para crianças carentes, isso é “para inglês ver”. Já estamos velhos na Casa e sabemos como isso é. Como se vai isentar eles de uma dívida de quase R$ 40 milhões? Clube de Futebol não pode querer ser um poder paralelo. Esses caras acham que estão mandando. Eles estão derramando dinheiro, contratando jogador caro, e querendo isenção?”, indagou pessebista.


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