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Os altos níveis de estiagem também são uma preocupação ao abastecimento público de água no estado de Goiás

Abastecimento de água e reservatórios estão com níveis críticos em Goiás

14/09/2021, às 20:12 · Por Redação

Devido ao longo período de estiagem, o nível dos reservatórios das hidrelétricas e das bacias que abastecem Goiás está em condições críticas.

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a usina de Itumbiara, por exemplo, possui atualmente a situação mais grave e funciona com percentual de água menor que quando houve o apagão  2001.

De acordo com os últimos dados da ONS, o volume útil atual de água da usina de Itumbiara é de 10,12%, sendo que durante o apagão, há 20 anos, a porcentagem era de 11%. A unidade conta com maior potencial de geração de energia hidrelétrica de Goiás, podendo produzir cerca de 2.083 MW.

Já a usina de São Simão, localizada na região sul do estado, opera atualmente com 16,26% do volume de água do reservatório, de acordo com o monitoramento diário da ONS. Com uma percentagem um pouco mais alta, a usina de Serra do Facão, que é administrada por Furnas e fica no município de Campo Alegre de Goiás,, funciona com 18,57% do volume de água.

Localizada entre os municípios de Cristalina (Goiás) e Paracatu (Minas Gerais), a usina hidrelétrica Batalha – administrada integralmente por Furnas – trabalha com 20,77% do volume de água. Responsável pelo abastecimento da região norte do estado, a hidrelétrica de Serra da Mesa, localizada em Minaçu, está com pouco mais de 26% do volume.

Abastecimento de água

Os altos níveis de estiagem também são uma preocupação ao abastecimento público de água no estado de Goiás. A bacia do Rio Meia Ponte, por exemplo, que realiza a captação para a distribuição de água na capital goiana, é a que mais preocupa atualmente. Isso, porque no momento a média de captação registrada no último domingo, 12, foi de 3.117 litros por segundo, que determina o Nível de Criticidade 3, quanto a vazão de escoamento.

Para se ter uma noção, de acordo com a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, dos níveis de segurança implantados para a aplicação de medidas de acordo com a situação da bacia, este é o segundo mais baixo, seguido apenas pelo Nível Crítico 4. “Se eventualmente entrarmos no nível quatro, é o momento em que se inicia o racionamento de água”, avalia.

No entanto, apesar da bacia se encontrar no Nível 3, foi percebido uma recuperação nos últimos dias. Segundo ela, essa recuperação se deu tanto pela chuva ocorrida na região e pelas medidas de enfrentamento aplicadas, que, no caso, consistiram no corte de outorgas. Ou seja, é cortado porcentagem da disponibilidade elétrica para captação de água que empresas possuem.

Nesse momento, em que as ameaças de um novo apagão se fazem presentes, devido ao período mais seco e com menos chuva, a titular da pasta ressalta a importância da colaboração da população, através do consumo consciente de água, evitando o desperdício. 


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