Daniel Vilela tem apoio de prefeitos, parlamentares e dos diretórios para formalizar aliança com governador

Ainda que não seja oficial, o MDB já tem posição sobre os rumos do partido na eleição estadual de 2022. Sob o comando do presidente Daniel Vilela, a legenda deve formalizar apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (DEM) nos próximos dias. A maioria dos prefeitos, parlamentares e das direções municipais da legenda já manifestaram respaldo à aliança.

Desde o momento em que as conversas com o governador Ronaldo Caiado se aprofundaram, ainda em junho, Daniel Vilela passou a ouvir o partido internamente. A primeira manifestação ostensiva veio de 27 prefeitos, que assinaram carta em apoio à aliança. Depois, os vereadores da Capital fizeram documento na mesma direção. Nesse intervalo, Daniel também tem recebido diariamente a manifestação positiva da maioria dos diretórios municipais da legenda.

Antes mesmo que prefeitos e dirigentes do MDB se manifestassem publicamente, a aliança com o governador Ronaldo Caiado foi defendida pelo ex-governador e ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (MDB). O líder emedebista se aproximou do democrata nos últimos anos e avalia, inclusive, como importante para o crescimento do MDB nos próximos anos respaldar um novo mandato de Caiado em 2022.

Com todas as instâncias do partido ouvidas durante três meses, Daniel Vilela deve sacramentar o apoio ao democrata nos próximos dias. Terá respaldo interno para encerrar essa etapa e passar a se preocupar com somente com a estruturação do partido para a campanha do próximo ano, além de aparar arestas interna e externas. Além de ocupar uma vaga na chapa majoritária liderada pelo governador Ronaldo Caiado, o partido trabalha para fortalecer candidaturas ao legislativo estadual e federal.  

Resistência
Em posição contrária ao rumo que o MDB irá formalizar, o prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha e o deputado estadual Paulo César Martins são defensores de uma candidatura própria ao governo. Mas, pelo menos neste momento, os dois mantêm posições isoladas no MDB.

O isolamento do prefeito de Aparecida é ainda maior devido sua posição unilateral. Em diversas entrevistas, Gustavo manifesta intenção até de deixar o partido para concorrer ao governo de Goiás se não obtiver a vaga pelo MDB. Além disso, o prefeito de Aparecida defende uma consulta a todos os milhares de filiados da legenda no próximo ano para que então a decisão seja finalmente tomada. A vontade do prefeito não vai prevalecer.

Apesar das conversas para apaziguar o partido ainda não terem sido esgotadas, internamente a maioria dos emedebistas acredita que Gustavo Mendanha deixará mesmo o partido para ser candidato de oposição ao governo. Avaliam ainda que mesmo que para decolar seu projeto o prefeito de Aparecida tenha se aliar a adversários históricos, sobretudo com PSDB do ex-governador Marconi Perillo.

A possibilidade de um retorno dos tucanos ao governo de Goiás, ainda que indiretamente, é um dos principais motivos pelo qual Iris Rezende e outros emedebistas alimentam fortemente o apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado. Acreditam que a volta do PSDB, a quem fez oposição por 20 anos, seria um imenso retrocesso político-administrativo para o Estado.

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