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Goiânia, 29/05/24
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Entre as irregularidades já encontradas está a avaliação do terreno do porto seco que fica em Anápolis que foi custeado por R$11 milhões enquanto o valor real seria de R$ 44 milhões

Operação da PF atinge empresa que tentou atuar em porto seco de Anápolis

24/08/2021, às 14:36 · Por Redação

Operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça, 24, apura o pagamento de propina a servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para favorecer uma empresa operadora de porto secos, que pretendia atuar em Anápolis, na região Central de Goiás.

A ação cumpre 14 mandados em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal. A empresa em questão é a Aurora da Amazônia Terminais e Serviços Ltda que venceu a licitação da Receita Federal e chegou a assinar contrato. No entanto, passou a enfrentar problemas na fase de habilitação em relação ao terreno apresentado por ela para a construção do porto seco de Anápolis.

De acordo com a PF, lobistas foram contratados pela empresa para manipular negociações com o DNIT. Com isso, a companhia teria passado a ser favorecida. A Justiça também já determinou o bloqueio das contas dos alvos e o afastamento de servidores públicos supostamente envolvidos.

Entre as irregularidades já encontradas está a avaliação do terreno do porto seco que fica em Anápolis que foi custeado por R$11 milhões enquanto o valor real seria de R$ 44 milhões. A operação Daia desta manhã tem apoio da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura. Os suspeitos podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa. Em nota, o Dnit informou que colabora com a investigação e “está em permanente contato com os órgãos de controle e reafirma que pauta sua atuação dentro da legalidade e lisura, respeitando todos os princípios éticos da administração pública.”

Por meio de nota, a Porto Seco informou que a “operação Daia, deflagrada pela Polícia Federal  envolve suspeitas de irregularidades cometidas pela empresa Aurora da Amazônia, que foi sua concorrente em licitação realizada em 2017. Atual operador do terminal alfandegado de Anápolis, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste não é parte das investigações e tem, na verdade, denunciado nos últimos anos as manobras jurídicas e administrativas da concorrente com o objetivo de burlar o edital de licitação para assumir a prestação do serviço mesmo sem apresentar as condições exigidas pela Receita Federal". 


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