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Foto: Mariana Capeletti CalaçaEntre os parlamentares da base de sustentação do prefeito Rogério Cruz na Câmara Municipal, também houve críticas à desistência de repor a data-base dos servidores
Vereadores reagem ao calote de Rogério Cruz na data-base dos servidores: ‘Vergonha’ e ‘assalto’
17/08/2021, às 17:06 · Por Eduardo Horacio
A decisão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) de não
enviar para a Câmara Municipal o projeto de lei com a reposição salarial pela
data-base dos servidores municipais causou forte reação contrária entre os
parlamentares. Vereadores, incluindo os da base do prefeito, elevaram o tom
contra a iniciativa e prometeram lutar para que os servidores não sejam
prejudicados.
“É uma vergonha, um assalto, e nós não podemos aceitar isso.
O prefeito sabe que já tem decisão constitucional sobre isso”, afirmou o vereador
Mauro Rubem (PT). Ele lembrou que a própria Câmara de Goiânia ira pagar a
data-base dos servidores da Casa. Mauro Rubem classificou o parecer da
Procuradoria-Geral do Município (PGR) como um “rebaixamento”.
Mauro Rubem lembrou também do compromisso pessoal de Rogério
Cruz de enviar o projeto de lei com o reajuste para a categoria. “Até agora eu
estava acreditando no que o prefeito disse para todos nós e para mim em
particular. Tenho uma estima por ele, mas vai se capitulando nessa velha
política”, criticou.
Após reclamar da mudança de posição do prefeito, Mauro Rubem
elevou o tom das críticas à gestão municipal. “Eu quero estar errado, mas a
Prefeitura está com o caixa redondo, fazendo dispensa de licitação para tudo,
tudo tem de contratar fora, e quem vai pagar o pato é a população e o servidor
público”, denunciou o petista.
Base de apoio
Entre os parlamentares da base de sustentação do prefeito Rogério Cruz na
Câmara Municipal, também houve críticas à desistência de repor a data-base dos
servidores. O vereador Henrique Alves (MDB) afirmou que a decisão do STF não
menciona a data-base.
“Nós já tínhamos discutido que a data-base é mera adequação.
Temos decisão do TCM, consultas feitas por outras cidades, favorável à
adequação”, ressaltou Henrique Alves. O vereador Willian Veloso (PL) também
afirmou entender que não há inconstitucionalidade no pagamento.
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