Desigualdade: Rogério Cruz revela na TV que quer tarifas de ônibus diferentes para quem mora longe

A Prefeitura de Goiânia vai propor um novo modelo de funcionamento ao sistema de transporte coletivo com cobrança de passagem de acordo com a quilometragem rodada. O novo modelo vai na contramão do que é adotado no mundo – de tarifa única e independente da quilometragem rodada, exatamente para beneficiar os mais pobres que, em geral, precisam fazer deslocamentos maiores.

A proposta foi defendida com orgulho pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na TV Anhanguera (veja vídeo abaixo). Segundo ele, “é injusto” cobrar a mesma tarifa de quem pega caminhos curtos e longos. A proposta agrada as empresas de transporte coletivo que operam em Goiânia e cidades vizinhas. Ele até deu o exemplo de alguém que precisaria pagar uma tarifa mais cara: um usuário que se deslocasse de Goiânia para Bela Vista.

A ideia é que não vai mais haver a tarifa única do transporte e a cobrança se dará por distância percorrida pelo usuário, valorizando alguns poucos usuários de Goiânia em um modelo consorciado ou misto entre o municipal e o metropolitano.

Um dos pontos que ainda faltam definir é como seria a cobrança por distância percorrida. As três hipóteses levantadas até agora são pela quilometragem, por número de pontos ou se haveria a criação de anéis tarifários.

De toda forma, o perdedor já é conhecido: o usuário do transporte coletivo, sobretudo o mais pobre, que mora em bairro periféricos ou até em cidade diferente e precisa vir a Goiânia diariamente. 

Veja o vídeo:

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