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Goiânia, 29/05/24
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Uma preocupação específica do Condir é com a volta das aulas presenciais nas salas modulares (contêineres), ambientes fechados e que necessitam do uso constante de ar-condicionado e, obviamente, se tornam mais propensos à contaminação

Conselho de diretores diz ser precipitado retorno de aulas presenciais na Rede Municipal de Goiânia

10/08/2021, às 13:05 · Por Eduardo Horacio

O Conselho de Diretores de Cmeis, Ceis e Escolas da Rede Municipal de Goiânia (Condir) se posiciona contra o retorno das aulas presenciais programado para 16 de agosto. A principal contestação é relacionada à decisão da Prefeitura de Goiânia de voltar com as aulas antes que todos os profissionais fossem imunizados contra a Covid-19. Além disso, o Condir enumera outras dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores da área, classificadas como “retorno precipitado”.

O Conselho detalha que os profissionais do município receberam apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Com números da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Poder Goiás constatou que menos de 5% dos profissionais da área em Goiânia já receberam a segunda dose ou a dose única do imunizante e estariam em segurança para o retorno ao trabalho presencial.

“Quem será a responsabilidade pelo descumprimento desta orientação (de voltar antes de tomar a segunda dose)? E, ainda, sobre o tempo de imunização da segunda dose. Somente os profissionais da Educação não necessitam aguardar?”, cobra o Conselho em carta pública divulgada na última semana.

Uma preocupação específica do Condir é com a volta das aulas presenciais nas salas modulares (contêineres), ambientes fechados e que necessitam do uso constante de ar-condicionado e, obviamente, se tornam mais propensos à contaminação pelo vírus da Covid-19.

Mais problemas
Além disso, os recursos enviados às unidades escolares para aquisição de EPIs abrangem apenas porteiros, serventes e merendeiros. De acordo com o Conselho, não há recursos voltados para os demais profissionais. “EPIS para auxiliar de atividades educativas, professor, diretor, coordenador, secretário-geral, auxiliar de secretária, não recebemos verba específica”, informa a carta aberta.

O documento divulgado pelo Condir denuncia ainda a falta de profissionais para o retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Goiânia. “Outro impeditivo para o retorno das atividades presenciais, é o déficit de servidores nas instituições, tais como: merendeiras, porteiros, serventes, professores e auxiliares de atividades educativas”, diz o texto.


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