Marconi e Rincón comemoram envio da Cash Delivery para a Justiça Eleitoral

As investigações da Operação Cash Delivery, deflagrada em setembro do ano passado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) agora serão conduzidas pela Justiça Eleitoral, exatamente o que os alvos da investigação queriam. A decisão do juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara de Goiânia, que acatou o pedido do ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), hoje Goinfra, Jayme Rincón (PSDB) um dos alvos da investigação, ao lado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). 

Com isso, a apuração dos crimes de Caixa 2 e de pagamento de propina à Odebrecht passam a ser investigados pela Justiça estadual. Em sua decisão, o juiz Leão Aparecido Alves se baseou em decisão do Supremo Tribunal Federal sobre crimes que têm relação com as eleições. A mudança de esfera de julgamento é motivo de comemoração para os tucanos. 

Cash Delivery
Deflagrada em setembro do ano passado, a Cash Delivery é um desdobramento das investigações da Lava Jato a partir dos acordos de leniência e colaboração premiada firmados entre MPF, Odebrecht e seus executivos. 

De acordo com os colaboradores, Marconi Perillo, quando ainda era senador e depois como governador, solicitou e recebeu propina no valor de R$ 2 milhões em 2010, e de R$10 milhões, em 2014, em troca de favorecer interesses da empreiteira relacionados a contratos e obras no estado de Goiás. O ex-presidente da Agetop foi tesoureira das duas campanhas. 

Além de Marconi e Jayme, são alvos da investigação o filho de Rincón, Rodrigo Godoi Rincon, o policial militar Márcio Garcia de Moura, o ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira e o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior.

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