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Goiânia, 25/04/24
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No fim do mês passado, o governo de Goiás divulgou já ter vacinado 82 mil moradores do Distrito Federal

O Globo: Lentidão da vacinação em Brasília gera fuga para Goiás

17/07/2021, às 17:00 · Por Eduardo Horacio

O jornal O Globo destaca, em sua edição deste sábado, 17, que a lentidão da vacinação no Distrito Federal tem feito centenas de moradores peregrinam por unidades básicas de saúde de Goiás para se vacinar contra aCovid-19.

Dados do Governo do Distrito Federal mostram que 1.103.283 pessoas tomaram a primeira dose até sexta-feira — o equivalente a 37,51% da população. Desse total, 391.178 completaram o esquema vacinal com a segunda dose. Outras 41.746 pessoas receberam a vacina da Janssen, aplicada em dose única. Ao todo, só 14,18% da população está totalmente imunizada. Em queda no ranking de vacinação, a capital federal está atrás de estados como São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Diante desse cenário, brasilienses têm ido se vacinar em cidades de Goiás, num movimento inverso ao que ocorre historicamente, porque a vacinação por idade está mais acelerada. Eram os moradores desses locais, na região do Entorno, que vinham buscar tratamento médico na capital federal.

No fim do mês passado, o governo de Goiás divulgou já ter vacinado 82 mil moradores do Distrito Federal. Procurada, a Secretaria estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) não informou dados atualizados.

Moradora de Samambaia (DF), a cabelereira Carmen Cezar, 47, deslocou-se até a cidade de Águas Lindas, a 50,3km de Brasília, para se vacinar pelo critério de idade, porque o calendário estava mais adiantado. Algumas cidades de Goiás decidiram não cobrar comprovante de residência, o que incentivou esse movimento.

— Foi tudo tranquilo, fui muito bem atendida — relembra ela, que aguarda a segunda dose em outubro.

O agendamento prévio para receber a primeira dose é alvo de críticas. As 21 mil vagas para pessoas a partir de 41 anos no Distrito Federal se esgotaram em 30 minutos no último 10 de julho, o que foi considerado uma espécie de “sorteio de vacinas”. A marcação, implementada pela SES-DF para coibir aglomerações, também é classificada como excludente já que uma parcela do público não tem acesso à internet. A grande quantidade de grupos prioritários inseridos na fila da vacinação do DF também é citada por especialistas como um motivo para a lentidão.

— Foram criados vários grupos prioritários (no DF) com base em quem fazia mais barulho ganhava vacina. No começo, pessoas de outros estados vieram se vacinar e também houve subdimensionamento de algumas categorias — explica a infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).


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