Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

A Polícia Civil investiga uma suposta rede de apoio ao fugitivo, mas até o momento apenas Elmi se encontra detido

Acusado de ajudar Lázaro Barbosa será julgado em novembro

14/07/2021, às 14:22 · Por Redação

O chacareiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, acusado de ajudar Lázaro Barbosa de Souza a escapar do cerco policial em junho deste ano, teve julgamento marcado para o dia 8 de novembro. Ele se encontra preso na cadeia em Águas Lindas desde 24 de junho, dia em que a polícia entrou em sua chácara, no distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goiás, e descobriu que Lázaro estava se escondendo lá aparentemente a partir de 18 de junho. Acusado de matar uma família em Ceilândia no dia 9 de junho, Lázaro ficou foragido até o dia 28, quando foi cercado por policiais e morto na abordagem. A força-tarefa criada para captura-lo afirma que ele reagiu à prisão e atirou primeiro.

A Polícia Civil investiga uma suposta rede de apoio ao fugitivo, mas até o momento apenas Elmi se encontra detido. A juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira, de Cocalzinho, definiu a data em decisão que mantém Elmi como réu no processo. Em outro despacho, encaminhado ao desembargador Ivo Favaro, que analisa um pedido de habeas corpus da defesa, a juíza diz que a prisão de Elmi foi convertida em preventiva por dois motivos: a garantia da ordem pública, já que ele era suspeito de estar ajudando um fugitivo de alta periculosidade; e a apreensão de uma arma longa adulterada e um número “significativo” de munições.

Mesmo com a morte de Lázaro, no dia 28, e a entrega de um laudo da Polícia Técnico Científica apontando que as armas recolhidas não tinham nenhuma condição de uso, a prisão de Elmi foi mantida. A defesa diz que não vai se pronunciar no momento sobre o processo em andamento, mas ao falar a palavra “prisão” acrescentou o termo “ilegal”. Na semana passada, O POPULAR esteve na região em que Lázaro esteve nos 20 dias de fuga e, segundo os policiais que falaram com a reportagem sob a condição de anonimato, Elmi é visto como uma pessoa que atrapalhou as buscas, mas não que faça parte de uma rede de apoio a Lázaro, como investiga a Polícia Civil. No Distrito Federal, onde corre o inquérito da chacina em Ceilândia, o nome de Elmi não está no radar e a família das vítimas desconhecem qualquer dívida que elas tivessem com o chacareiro, como foi citado por um policial goiano no processo contra ele.


Elmi Caetano Lázaro Barbosa PC-GO
P U B L I C I D A D E