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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG

Reitor da UFG apresenta dados à bancada goiano no Congresso Nacional: busca de apoio para disseminar trabalho de instituições de ensino

Instituições federais buscam apoio de parlamentares para reverter corte de verbas

21/05/2019, às 00:23 · Por Eduardo Horacio

Reitores das instituições federais de Goiás afetadas com o corte de verbas do Ministério da Educação (MEC) iniciaram nesta semana agenda com parlamentares buscando apoio para reverter a suspensão dos repasses, que podem inclusive inviabilizar o ano letivo. Nesta segunda-feira, 20 de maio, os gestores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e Instituto Federal Goiano (IF Goiano) se reuniram com deputados federais da bancada goiana. Eles apresentaram dados sobre o alcance do ensino, da pesquisa e da extensão, ressaltando o papel social das instituições. 

Estiveram presentes no encontro, realizado no Centro de Aulas D, no Setor Leste Universitária, a deputada Flávia Moraes (PDT), os deputados Rubens Otoni (PT), Elias Vaz (PSB) e José Nelto (Podemos). De acordo com o reitor da UFG, Edward Madureira, eles vão buscar o apoio de deputados estaduais e também de vereadores. A ideia, segundo ele, é “mobilizar todos os atores possíveis, com poder de fogo e convencimento, que dialogam com a população”, explicou. 

Ele lamentou ainda a forma como a imagem das instituições de ensino está “sendo construída, ou melhor, desconstruída nas redes sociais; ficamos tristes pelas fake news que estão sendo disseminadas”, lamentou. 

Hoje, a rede federal de ensino superior congrega 2,5 milhões de estudantes e 350 mil servidores, entre docentes e administrativos, em mais de 650 cidades brasileiras. “Um governo minimamente responsável usaria essa capilaridade, essa estrutura, a serviço de uma ação social sem precedentes na história desse País”, ponderou.

Desde abril, as instituições passaram a ter parte da verba de custeio – aquela usada em despesas como pagamento de água e luz – suspensa. No primeiro momento, o MEC creditou o corte à suposta balbúrdia que aconteceria nos campus universitários. Depois, justificou o represamento dos repasses à situação econômica do Brasil.

Mobilização
Em agendas internas, o reitor da UFG têm dito a servidores que nunca passou por um período como o vivenciado na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), entretanto, em tom de otimismo, repete que “os governos passam, as universidades ficam.” Também tem citado a Assembleia Universitária ocorrida no último dia 13 de maio, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, como “o dia mais emblemático da história desta universidade nos últimos anos”. Madureira, que está em seu terceiro reitorado, diz nunca ter visto algo parecido “nem de longe.”

O gestor também compartilha com a comunidade universitária a ideia de que a instituição vai aguentar até o limite possível os contingenciamentos impostos pelo MEC. “Temos uma margem pequena (de orçamento), que já utilizamos. Outra redução (nas verbas) nos leva ao limite dos contratos”, pondera, usando uma analogia médica para falar da atual situação da UFG: “Estão colocando o dedo no nosso tubo de oxigênio”, numa referência à situação financeira já complicada que a instituição atravessava no âmbito financeiro.


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