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Goiânia, 11/06/24
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Vale lembrar que Marconi foi preso, em 2018, na Operação Cash Delivery, que investiga pagamento de propinas em campanhas eleitorais, e o procurador da República responsável diretamente pelo pedido de prisão foi Helio Telho - e não Mário Lúcio

Três anos depois, Marconi acusa Mário Lúcio e Kajuru por operações, mas admite que não fez representação contra eles

03/07/2021, às 15:05 · Por Eduardo Horacio

O governador Marconi Perillo (PSDB), em entrevista publicada hoje no jornal O Popular, faz várias acusações contra o procurador do Ministério Público Mário Lúcio Avelar. Mas Marconi, curiosamente, até hoje não fez nenhuma representação formal no MP ou no CNMP, mesmo tendo passado três anos dos fatos ocorridos. O tucano terminou a eleição para o Senado, em 2018, na quinta colocação, bem distante de qualquer possibilidade de vitória.

“Em primeiro lugar é preciso saber quem estava por trás disso (quando é perguntado sobre o caso Cachoeira, as operações Decantação 1 e 2, Cash Delivery e Compadrio). O procurador Mário Lúcio tem ligação histórica com Kajuru, que hoje é senador da República. Kajuru fez campanha para ele para governador do Tocantins. Isso tudo começou através dessa ligação. Eu não tenho dúvidas”, diz o governador Marconi Perillo (PSDB) em entrevista à repórter Fabiana Pulcineli em O Popular. 

Quando perguntado novamente sobre a Cash Delivery, Marconi volta a citar e acusar o procurador Mário Lúcio. “Quem fez os pedidos todos foi o procurador daqui, o Mário Lúcio. Veio do STJ, depois que perdi o foro, e aqui houve uma celeridade no sentido de buscar provas”, afirmou.

Vale lembrar que Marconi foi preso, em 2018, na Operação Cash Delivery, que investiga pagamento de propinas em campanhas eleitorais, e o procurador da República responsável diretamente pelo pedido de prisão foi Helio Telho. Mario Lúcio Avelar foi promotor na Operação Decantação, que acabou se desdobrando na ‘Cash Delivery’. Sobre Helio Telho, Marconi nada diz.

Quando perguntado se fez uma “reclamação por atuação política do procurador”, Marconi diz que “essas coisas a gente tem de dar tempo ao tempo. Quantos vazamentos não ocorreram aí por conta do caso Lula? Tem de esperar e de repente a gente pode obter provas robustas em relação a isso. E às vezes não”. 


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