Caiado acerta em lutar contra a Guerra Fiscal, diferentemente de Marconi, que a incentivava

Durante os quatro mandatos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi regra Goiás incentivar a guerra fiscal enquanto outros Estados, como São Paulo, denunciavam a prática. Agora, com Ronaldo Caiado (DEM) no governo, a história se inverteu. É Goiás que tenta frear a guerra fiscal, diminuindo (acertadamente) o excesso de incentivos dado a empresas que geraram pouquíssimos empregos no Estado, enquanto São Paulo, agora gerido por João Doria (PSDB), tem aumentado os incentivos, querendo que empresas deixem Goiás e migrem para São Paulo. 

Por que Caiado acerta? 

Primeiro por que o excesso de incentivos fiscais é abusivo e aprofunda a desigualdade econômica no Estado, ainda mais em um momento em que Goiás mal tem dinheiro para pagar o custeio da máquina administrativa. 

Segundo porque as empresas acabam não saindo de Goiás, ficando quase todas resumidas à bravata. Mesmo com a redução de incentivos, eles ainda são gigantes (nenhum outro Estado do Brasil chega perto em quantidade de incentivos). Prova disso foi o presidente da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, ter descartado no início dessa semana desativar a fábrica de Goiás, um dos polos da montadora no país que produz veículos Hyundai e Ford. 

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