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DivulgaçãoProfessor foi detido com base na LSN por usar adesivo contra o presidente
Professor preso por chamar Bolsonaro de genocida decide não acionar Justiça
09/06/2021, às 10:57 · Por Redação
O professor de história Arquidones Bites Leão, preso por usar em seu carro um adesivo com dizeres "Fora Bolsonaro genocida", decidiu não levar o caso à Justiça. A definição ocorreu após reunião na noite desta segunda-feira, 7, com a cúpula do PT de Goiás, partido do qual ele é secretário estadual.
No encontro virtual, foi deliberado que não será ajuizada nenhuma ação contra o Estado, para aguardar a atuação do poder público, que já se movimentou. A decisão reforçou o entendimento da família do professor, que também avaliou que o melhor seria deixar a cargo das autoridades para evitar eventuais represálias a Leão, funcionário da rede estadual.
A reunião nesta segunda-feira contou com a participação da presidente estadual do PT-GO, Katia Maria, do vereador de Goiânia Mauro Rubem, do advogado Edilberto Dias e mais dois familiares do professor. Nela, também foi informado que entidades de direitos humanos vão acompanhar o caso e cobrar medidas dos órgãos competentes.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) abriu uma investigação para apurar se houve abuso de autoridade por parte dos policiais durante a detenção do professor em Trindade por circular com um adesivo contrário ao presidente da República no capô de seu carro. O MP-GO também analisa se houve abuso em uma abordagem contra um rapaz negro que praticava esportes em um parque no município de Cidade Ocidental.
No último dia 1º, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás anunciou que afastou o policial militar que prendeu o professor. A secretaria chamou o episódio de "lamentável" e disse que o agente responderá a um inquérito policial e a um procedimento disciplinar.
Na nota divulgada, o governo de Goiás informou que "não coaduna com qualquer tipo de abuso de autoridade, venha de onde vier" e que "todas as condutas que extrapolem os limites da lei são apuradas com o máximo rigor, independentemente do agente ou da motivação de quem a pratica".
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