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Goiânia, 11/06/24
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Líderes partidários, entre eles o Delegado Waldir, receberam do governo Bolsonaro duas informações conflitantes em menos de 1 hora

Recuo do recuo: Delegado Waldir anuncia fim de bloqueios a universidades e é desmentido pela Casa Civil

15/05/2019, às 00:10 · Por Diene Batista

O deputado federal Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara Federal, escreveu mais um capítulo do bate-cabeça que têm marcado a gestão de Jair Bolsonaro à frente do Palácio do Planalto. Ontem, 14 de maio, às vésperas de uma paralisação nacional convocada por sindicatos de diferentes categorias contra a Reforma da Previdência e o corte de verbas para institutos e universidades federais, ele anunciou que o Governo Federal havia decidido suspender o bloqueio dos repasses.

É que lideranças partidárias do próprio PSL, além de siglas como o PV, Novo, Podemos, Cidadania, PSC, Pros e Patriota se reuniram com Bolsonaro, e após, divulgaram que o presidente ligou para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, determinando o fim do bloqueio de  recursos das instituições federais de ensino. “O ministro tentou contra-argumentar, mas não tem conversa”, afirmou Delegado Waldir, em entrevista. 

Entretanto,  a Casa Civil – que faz o diálogo entre o Executivo e os congressistas - negou a informação e disse que o contingenciamento continua. “Não procede a informação de que haverá cancelamento do contingenciamento no MEC. O governo está controlando as contas públicas de maneira responsável”, informou. 

Irritado com a nota, o deputado que representa Goiás na casa disse que nem ele, nem os líderes estavam mentindo. “O chefe da Casa Civil [ministro Onyx Lorenzoni] não estava presente e talvez não tenha tido tempo de estar com o presidente Bolsonaro”, amenizou. Outro líder partidário na Casa, o deputado federal José Nelto (Podemos), também confirmou as informações do Delegado Waldir. 

Ainda ontem, oposição e Centrão conseguiram aprovar a convocação do ministro da Educação a prestar esclarecimentos contra o contingenciamento dos recursos no plenário da Câmara. Uma derrota fragorosa para o Governo Bolsonaro: 307 votos favoráveis à convocação de Weintraub e 87 contra. 

Em Goiânia, ato unificado contra os cortes está previsto para as 13 horas, na Praça Universitária. No Estado, a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) foram diretamente impactados pela medida de Bolsonaro e podem, inclusive, ter parte do ano letivo inviabilizado. 


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