Covid-19: Depois de flexibilização precipitada, taxa de transmissão dispara em Goiânia

Resultado da flexibilização precipitada do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), a taxa de transmissão (R) da Covid-19 aumenta em Goiânia de forma acelerada.

Antes da flexibilização, o índice estava em 0,93 e passou para 1,30 depois que novo decreto entrou em vigor. Ou seja, neste instante, 100 contaminados transmitem a doença para outras 130 pessoas – e a tendência é piorar. Os dados foram apurados pela Rádio Sagres junto a uma fonte na Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A última flexibilização do prefeito permitiu inclusive a volta de shows. O próprio prefeito, acompanhado da primeira-dama, participou como artista de um concerto da Guarda Civil Metropolitana realizado na sexta-feira, 21, no Jardim Botânico de Goiânia.

Enquanto em Goiânia a taxa oscilou aceleradamente de 0,9 para 1,3, em Goiás ela oscilou mais lentamente: 1,2 para 1,3, no mesmo período. O aumento dessa taxa tem o potencial real de aumentar procura por leitos hospitalares, a taxa de ocupação de UTIs e aumento de mortes no mês de junho.

Os últimos boletins epidemiológicos de Goiás apresentaram um aumento de novos casos de Covid-19. Na quarta-feira, 19, foram 2.359 novos casos. Na quinta-feira, 20, a maior taxa do mês 3.731 novos infectados, a maior taxa do mês, sendo que 1.422 (48% do total) foram em Goiânia. Na sexta-feira, 21, foram 2.540 novos casos registrados.

Quando a taxa ‘R’ é maior que 1, isso indica transmissão sustentada e acelerada, ou seja, os casos tendem a aumentar. A capital, Goiânia, tem mantido 38% do total de casos novos registrados em Goiás.

Goiânia está inserida na região de Saúde Central, que também tem taxa ‘R’ acima de 1. Segundo o painel da SES, essa região, que inclui outros 25 municípios, tem taxa de transmissão de 1,09. A região de Saúde mais crítica nesse quesito é a Norte, com taxa ‘R’ de 2,05. Isso quer dizer que, em média, cada 100 contaminados conseguem transmitir a doença para 205 pessoas.

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