CNI: Indústria goiana ficou estagnada nos dois últimos mandatos de Marconi

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou um estudo que mostra o comportamento da indústria brasileira e, por ele, o Estado de Goiás ficou estagnado na industrialização nos dois últimos mandatos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).

Entre os biênios de 2007-2008 (pouco antes de Marconi reassumir o governo, em 2011) e 2017-2018 (quando Marconi já governava em seu quarto e último mandato), Goiás ficou estagnado, apresentando variação de 0,08% na comparação entre os índices de participação no PIB industrial. No geral, neste período, houve desconcentração do setor, com redução da participação da região Sudeste e um aumento na participação das demais regiões geográficas, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas Goiás não fez parte desta festa.

Goiás já era nono colocado em industrialização antes de Marconi voltar a ser governador entre 2011 e 2018 e se manteve na nona posição do ranking nacional nesse período, com participação de 2,83% no valor adicionado bruto a preços básicos em 2007/2008 e 2,91% dez anos depois.

Para piorar, dos quatro segmentos industriais (Extrativa, Transformação, Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP), Goiás teve melhora apenas em um deles: na indústria extrativa, o estado subiu uma posição passando de nono para oitavo.

Mais ainda: Goiás perdeu 0,1 ponto percentual de participação na produção manufatureira do Brasil entre 2008 e 2018. São Paulo (que também foi governador pelo mesmo PSDB) teve a maior queda entre os 27 entes federativos. A indústria brasileira tem migrado do Sudeste, que perdeu 7,5 pontos percentuais na indústria de transformação, principalmente para as regiões Sul e Nordeste, que aumentaram 3,2 pontos e 2,9 pontos respectivamente.

Internamente, Goiás perdeu sete pontos percentuais de participação da participação da indústria no total do PIB do estado entre 2008 e 2018. A construção foi a atividade que mais ganhou participação na indústria do estado: aumentou 5.6 pontos percentuais entre 2008 e 2018.

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