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Goiânia, 29/05/24
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Os manifestantes se posicionaram a favor de torturadores e defenderam o presidente Jair Bolsonaro

Entidade apura apologia à tortura na Cidade de Goiás

03/05/2021, às 15:23 · Por Redação

A Organização Vilaboense de Artes e Tradições (Ovat) vai acionar autoridades policiais e de fiscalização para apurar um ato que defendeu a tortura na Cidade de Goiás. A informação é do site Mais Goiás. O caso ocorreu no último sábado, 1, em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, marco da religiosidade dos escravos no município. Além de exibir faixa com os dizeres “Deus perdoe os torturadores”, os manifestantes contavam com escritos em apoio ao presidente da República: “nosso Brasil pertence ao senhor Jesus. Direita com Bolsonaro”.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram duas pessoas vestidas com uma farda branca e encapuzadas, vestimentas semelhantes às usadas pelos farricocos durante a Procissão do Fogaréu. Os manifestantes se posicionaram a favor de torturadores e defenderam o presidente Jair Bolsonaro. 

Em nota, a Ovat, organização mantenedora da Procissão do Fogaréu e de outras expressões culturais da Cidade de Goiás, disse que a entidade não participou do ato e não tem conhecimento de quem são os possíveis autores. A organização afirmou que vai acionar o Ministério Público Estadual e Federal; Polícia Civil e Federal, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Goiás (OAB-GO), para averiguar a autoria do fato.

“Desde a fundação da OVAT, as suas atividades e realizações sempre semearam o ecumenismo ao lado da Igreja Católica, a harmonia com as demais religiões, o respeito entre elas e a ampla defesa aos direitos humanos”, lê-se no texto.

A organização encerra a nota afirmando ser contra “a incitação à ditadura, intolerância religiosa e étnica, preconceitos, silenciamentos, tortura, violência e quaisquer que sejam os atos que estimulem a violação dos direitos difusos e sociais”.

Racismo e violência simbólica

Também em nota, a Associação Cultural Pilão de Prata já havia repudiado o ato. Para a entidade, os manifestantes agiram “violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro”.



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