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Goiânia, 19/04/24
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Especialistas apontam que uma das explicações para o crescimento é a circulação das variantes do coronavírus (Sars-CoV-2), especialmente a de Manaus, uma vez que elas têm se mostrado mais agressivas em pessoas mais jovens

Mortes de grávidas em Goiás aumentam 77% por conta de variantes da Covid-19

26/04/2021, às 16:38 · Por Redação

A letalidade da Covid-19 entre gestantes e puérperas aumentou 77% em Goiás se comparado os anos de 2020 e 21 até o momento.

Ela saltou de 9,1% em 2020, quando o Estado registrou 21 óbitos, para 16,18% em 2021, que já tem 28 mortes registradas até agora. Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19.

Especialistas apontam que uma das explicações para o crescimento é a circulação das variantes do coronavírus (Sars-CoV-2), especialmente a de Manaus, uma vez que elas têm se mostrado mais agressivas em pessoas mais jovens.

Portadores de comorbidades como obesidade e diabetes possuem risco maior de desenvolver casos mais graves da doença.

Uma dessas vítimas foi a técnica em enfermagem Thammy Ferreira, de 33 anos, que trabalhava no Hospital de Queimaduras, em Goiânia, e morreu no final de fevereiro deste ano em decorrência de complicações da Covid-19.

Ela estava grávida de sete meses e o bebê também não sobreviveu. Thammy era mãe de outros quatro filhos e dois dias depois que morreu, o esposo dela, André Junio, de 34 anos, também veio a óbito em decorrência da doença.

A obstetra e ginecologista Ana Tamiris Perini explica que por si só, as gestantes já são potencialmente um grupo de risco. “Elas têm um sistema imunológico alterado, um feto e uma placenta que demandam muita energia da mulher”, comenta. 

O ginecologista e obstetra Washington Rios explica que novas variantes como a de Manaus, são mais infecciosas e tendem a afetar as pessoas mais jovens.

"As gestantes fazem parte desse grupo, estão se infectando mais, evoluindo para quadros mais graves e resultando em mais óbitos", destaca.

Em Goiás, as gestantes infectadas com a Covid-19 são tratadas principalmente em dois centros de referência em Goiânia: no Hospital e Maternidade Célia Câmara (HMCC) e no Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Goiás (UFG).



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