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Goiânia, 29/05/24
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No rito de impeachment definido pelo Legislativo, o prefeito terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa em cada uma das denúncias

Por unanimidade, vereadores aceitam 3º pedido de impeachment contra Pellozo, mas Vanderlan segue em silêncio

22/04/2021, às 15:30 · Por Eduardo Horacio

Por unanimidade (14 a 0), a Câmara Vereadores de Senador Canedo aceitou a terceira denúncia contra o prefeito Fernando Pellozo (PSD), na sessão desta quinta-feira, 22. Apenas um vereador (Eliel José, do Podemos) não participou da sessão. Os parlamentares suspeitam de um contrato de auditoria na Secretaria de Saúde do município. Os vereadores Welma Lira (Patriota), Wesley de Souza (Pros) e Anderson Gaúcho (PRTB) farão parte dessa terceira comissão que investiga a denúncia.

Principal cabo eleitoral de Pellozo, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) ainda não saiu em defesa do prefeito, o que causa estranhamento entre aliados de Pelozzo. O silêncio de Vanderlan Cardoso causa estranhamento por ele ser o principal aliado e fator determinante para a vitória de Pellozo sobre o então prefeito Divino Lemes (Podemos), que concorria à reeleição, no pleito de novembro do ano passado. Com apoio do senador, o então candidato do PSD foi eleito com quase dois terços dos votos na cidade.

“Eu acredito que a administração do prefeito Fernando Pellozo se exauriu, não tem condições, o prefeito não tem capacidade e por unanimidade os vereadores acataram a denúncia onde um médico foi contratado para fiscalizar ele mesmo, ou seja, três contratos para auditar a empresa, o serviço dele como médico e ele também contratado como auditor. Então a Câmara não vai fugir de investigar essa denúncia”, afirmou Reinaldo Alves (DEM) ao site Diário de Goiás. Reinaldo é aliado de Vanderlan.

No dia 4 de abril os parlamentares também aceitaram a primeira denúncia contra o chefe do Executivo. Nesta primeira acusação, o prefeito foi denunciado por firmar contrato irregular no valor de R$ 11 milhões com um hospital particular da cidade para o enfrentamento da Covid-19. O hospital seria de propriedade de Alsueres Mariano, que responde processo por improbidade administrativa, o que impediria a efetivação de contrato com o Poder Público

Dezesseis dias depois, na terça-feira, 20, o Legislativo recebeu e aceitou (por 12 a 2) a segunda denúncia contra o prefeito, com suspeita de irregularidade num decreto de reajuste salarial no município.

Impeachment
No rito definido pelo Legislativo, o prefeito terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa em cada uma das denúncias. Em seguida, a comissão decidirá, por maioria simples, se leva o caso ao plenário da Casa ou se arquiva o processo. Nessa hipótese, o prefeito Fernando Pellozo teria de obter a maioria simples dos votos (8 de 15 parlamentares) para não ser afastado. Pelas votações da Casa, Pellozo hoje não tem essa maioria e nem conta com o apoio de Vanderlan para tê-la. Mas o cenário pode mudar nos próximos dias.


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