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Goiânia, 20/04/24
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O plano de vacinação prioriza neste momento a imunização de idosos e profissionais de saúde, pois os dois grupos são considerados grupos de risco

Operação contra fraudes na vacinação contra Covid mira alvos em Ceres e Rubiataba

16/04/2021, às 14:04 · Por Redação

A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta sexta-feira, 16, 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ceres e Rubiataba, no interior de Goiás. Os investigados são suspeitos de mentirem a respeito dos cargos de trabalho que exercem, a fim de conseguirem se vacinar contra a Covid-19 antes do tempo previsto pelo cronograma estabelecido pelo governo federal.

De acordo com os investigadores, a ação teve como alvo empresários, profissionais liberais e funcionários públicos. Todos teriam apresentado declarações falsas perante a Secretaria de Saúde do Município de Rubiataba.

O delegado Gustavo Mendes Silva explica que algumas pessoas, por exemplo, se passaram por recepcionistas e auxiliares de serviços gerais em clínicas, farmácias e consultórios odontológicos, sendo então vacinados por supostamente atuarem na área da saúde, quando na verdade exerciam funções diversas ou sequer trabalhavam no local informado.

“Uma das investigadas, possui inscrição regular como Engenheira Civil, mas se declarou recepcionista de clínica odontológica, obtendo a primeira dose da vacina”, informou.

O plano de vacinação prioriza neste momento a imunização de idosos e profissionais de saúde, pois os dois grupos são considerados grupos de risco, sendo os idosos com maior risco de morte caso sejam infectados e os profissionais de saúde por estarem mais expostos ao risco de contraírem o vírus. Ao ‘furar a fila’, os suspeitos também estariam prejudicando na ordem de vacinação.

Durante as buscas, foram apreendidas duas espingardas e uma pistola de calibre 635, munições de diversos calibres. Além de diversos documentos e objetos, que serão agora analisados a fim de se descobrir o envolvimento de outras pessoas.

Caso os crimes sejam comprovados, os investigados poderão ser indiciados por falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva, crimes cujas penas somadas podem ultrapassar quatro anos de prisão, além de multa.


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