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Caiado, durante coletiva em que anunciou fim da 3ª classe da Polícia Militar: boa notícia em meio a atraso de salários

No dia do trabalhador, servidores públicos goianos têm pouco a comemorar

01/05/2019, às 00:01 · Por Diene Batista

O 1º de maio deve ser marcado em todo o Brasil por eventos em defesa do trabalhador - mesmo mais curtos devido ao corte de verbas para as centrais sindicais. No atual contexto político-econômico do País, há pouco o que se comemorar. No caso do servidor público estadual goiano, menos ainda. O salário de dezembro - o último da gestão do ex-governador José Eliton (PSDB), ainda não foi pago completamente. 

Na verdade, sua quitação foi postergada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e pela secretária de Economia, Cristiane Schmidt, numa jogada que pretendia enterrar, de vez, qualquer avaliação positiva das gestões ligadas ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB). A gestão tucana já estava com a popularidade no chão, no entanto. Num efeito rebote, porém, Caiado foi quem se desgastou com os servidores públicos, nicho razoavelmente valorizado - ao menos no discurso - pelos tucanos. 

A maioria convive com as dívidas e os atrasos decorrentes do parcelamento de dezembro. Em janeiro, logo depois de assumir a gestão estadual, Caiado - num arroubo de paternalismo - sugeriu que comerciantes vendessem fiado para os servidores. Virou piada. O democrata, porém, cumpriu promessa de campanha: extingiu a vergonhosa 3ª classe da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, herança de Marconi, que criava um verdadeira abismo entre os militares. 

Na educação, entretanto, repete as pegadas tucanas: fechou o tradicional Instituto de Educação de Goiás (IEG) para dar lugar à sede da Secretária de Educação, e já enfrentou uma greve pelo pagamento de salários e de outros benefícios da categoria. 

Na prática, os servidores públicos pagam o preço do discurso de terra arrasada apregoado por Caiado. Quatro meses depois de iniciar sua gestão, está mais do que na hora de esquecer o retrovisor e focar em respostas para os goianos - sejam eles seus eleitores ou não.


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