Daniel Vilela ‘hiberna’ e MDB de Goiás sofre com abandono

O ex-deputado federal Daniel Vilela foi reconduzido no início do ano ao comando estadual do MDB. Porém, sem mandato desde fevereiro, o emedebista mantém uma agenda tímida, com pouquíssimos compromissos públicos e aparece em suas redes sociais pontualmente para criticar a gestão do governador Ronaldo Caiado (DEM). Sob o comando de Vilela, o MDB está parado, pouco se movimenta.

Uma análise das redes sociais de Daniel Vilela aponta para uma participação pouco efetiva comparada ao desempenho dos tempos de parlamentar. O impacto negativo é ainda maior se a comparação levar em conta o período eleitoral de 2018. Do embate pelo governo do Estado restou apenas as críticas a Caiado, ainda que em quantidade menor. Da herança deixada por Marconi Perillo, por exemplo, nada fala. 

Tão logo concluiu seu mandato de deputado federal, a impressão é que Daniel Vilela decidiu gozar um período de férias sem fim. No mês de março, o único registro nas redes sociais do presidente do MDB foi uma postagem em menção ao Dia Internacional da Mulher.

Em abril, o emedebista voltou a postar com mais regularidade. Fez uma defesa da Universidade Federal de Goiás (UFG), então com sua segurança ameaçada por uma carta anônima. Depois postou sobre o futebol do time da Aparecidense, que fazia boa campanha na Copa do Brasil.

Em 10 de abril, Daniel Vilela movimentou suas redes sociais ao comentar os 100 dias da administração de Ronaldo Caiado. Gravou um vídeo e produziu um artigo com críticas ao início da gestão do democrata. No dia seguinte, postou foto prestigiando a 18ª edição da feira agroindustrial Tecnoshow Comigo, em Rio Verde.

Em seguida, continuando a agenda de abril, ainda na esteira dos 100 dias da gestão Caiado, Daniel Vilela concedeu duas entrevistas às rádios Sagres 730 e Interativa FM. As entrevistas foram registradas no Twitter.

O emedebista só voltou ao Twitter para lamentar a morte de companheiros de partido nos dias 16 e 24. Por fim, Vilela postou em suas redes sociais a inauguração de um prédio da Universidade Federal de Jataí, construído com emenda parlamentar destinada por ele.

MDB
Além de lamentar as mortes de três companheiros do MDB no interior do Estado, a última vez que Daniel Vilela registrou uma ação efetiva do partido foi em fevereiro. No dia 15, o emedebista anunciou que participou de reuniões em Anápolis com o presidente do partido na cidade e pré-candidato a prefeito Márcio Correia e outras lideranças locais.

“Conversamos sobre projetos e traçamos estratégias para a eleição municipal do próximo ano. Temos um novo MDB em Anápolis. Vem coisa boa por aí”, anunciou Daniel no Twitter. Porém, a iniciativa de reestruturar o partido em Anápolis não ganhou sequência nos dias e meses seguintes em outras cidades.

Faltando menos de um ano para o registro das candidaturas municipais, deveria ser comum que o MDB, outrora maior partido de Goiás, tivesse uma concorrida agenda de filiações, encontros e debates temáticos sobre os problemas e soluções para os municípios goianos. Nada disso tem ocorrido, desde então. Nem mesmo sobre a sucessão em Goiânia, em que aliados de Caiado já alimentam apoio à reeleição do prefeito Iris Rezende, houve qualquer movimentação de Daniel Vilela. 

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