Justiça condena 10 acusados de fraude em vestibular de Medicina da PUC Goiás

A Justiça Federal condenou dez acusados por fraude no vestibular de 2015 para o curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Apenas um dos denunciados foi absolvido. A sentença é do juiz Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Goiás.

O acusado de ser o coordenador do esquema foi condenado à pena de três anos e quatro meses de reclusão e 170 dias-multa por fraudes em certames de interesse público. Além de um ano e três meses de reclusão por associação criminosa.

Os outros nove acusados foram condenados à prestação pecuniária no valor de dez salários-mínimos. O valor será revertido em prol de entidade assistencial, hospital, escola, orfanato ou estabelecimento congênere, a ser especificada pela secretaria da Vara. Também deverá ser cumprida a prestação de serviços à comunidade. 

Fraude no vestibular

A investigação que deu origem ao inquérito e ao processo foi feita pela própria universidade, após suspeita de fraude no vestibular. Conforme consta na denúncia, os líderes da associação criminosa se valiam de pessoas especializadas (“pilotos”) que, mediante remuneração, se inscreviam nos certames.

Esses “pilotos” repassavam o gabarito das provas, com a finalidade de que as respostas fossem direcionadas aos aparelhos celulares dos candidatos beneficiários do esquema fraudulento. De acordo com o processo, esses gabaritos eram vendidos por cerca de R$ 80 mil. Além de Goiás, a associação criminosa teria atuado em outros estados e no Distrito Federal.

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