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Goiânia, 29/05/24
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A corporação disse que os três servidores, responsáveis pela vacinação no município, desviaram quatro doses da vacina, ao final da 1ª etapa de vacinação, para serem aplicadas em pessoas fora do grupo prioritário

Polícia Civil indicia três servidores por vacinar pessoas fora do grupo prioritário em Santa Rita do Novo Destino

25/03/2021, às 15:20 · Por Da Redação

A Polícia Civil indiciou nesta semana, três servidores públicos suspeitos de vacinar contra a Covid-19 pessoas fora do grupo prioritário da campanha.

Isso aconteceu em Santa Rita do Novo Destino, na região do Vale do São Patrício. A investigação começou no início de março.

A corporação disse que os três servidores, responsáveis pela vacinação no município, desviaram quatro doses da vacina, ao final da 1ª etapa de vacinação, para serem aplicadas em pessoas fora do grupo prioritário, incluindo outros servidores municipais.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Moraes, disse em nota que não teve acesso ao inquérito para verificar as acusações, bem como sobre os números e indicações referentes à vacina.

Os três servidores foram indiciados pelo crime de peculato, na modalidade desvio, e por inserção de dados falsos em sistemas de informações, cujas penas, somadas, podem chegar a 24 anos de prisão, segundo a Polícia Civil.

O promotor de Justiça Tommaso Leonardi propôs em 11 de março uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o secretário municipal de Saúde de Santa Rita do Novo Destino, Marcelo Gomes de Moraes; a enfermeira Ladyanne Araújo dos Santos Tosta, e a coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, Isaura Vieira da Cunha.

O juiz Vôlnei Silva Fraissat determinou o bloqueio de bens de cada um dos três investigados no valor de R$ 50 mil, em 12 de março, a pedido do promotor.

Também foi detectado pelo promotor que, depois de ter sido realizada a vacinação indevida, Marcelo Gomes de Moraes, Ladyanne Araújo dos Santos Tosta e Isaura Vieira da Cunha maquiaram a lista dos vacinados, incluindo-os como profissionais da saúde.

O secretário Municipal de Saúde explicou no início da investigação que as doses foram aplicadas em pessoas que, em algum momento, entrariam nos grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Imunização.

Ele justificou que elas receberam as vacinas para que as doses não fossem descartadas, pois sobraram depois de viagem a um povoado do município

Moraes e a equipe viajaram cerca de 30 quilômetros para vacinar idosos que integram o grupo prioritário. Na volta, perceberam a sobra de quatro doses e, para não descartar o imunizante, decidiram fazer a aplicação em pessoas que entrariam no grupo prioritário, em algum momento.

Segundo o secretário, as doses foram aplicadas em pessoas com doenças cardíacas, hipertensas e com algum tipo de câncer. Porém, a idade dessas pessoas não foi divulgada.

"Chegamos no final da tarde com quatro doses. Para não descartamos essas doses, seguimos o Plano Nacional de Imunização, administrando essas doses em pacientes que em algum momento entrariam na campanha de vacinação por pertencerem a grupos prioritários. São cardiopatas, hipertensos e oncológicos", destacou ao portal G1 Goiás.  



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