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Apesar da não recomendação para reaberturas, a Fiocruz aponta estabilização nos registros de casos no território goiano, após o levantamento anterior indicar sinal de crescimento a longo prazo
Fiocruz não recomenda que Goiás flexibilize medidas restritivas
19/03/2021, às 04:00 · Por Izabella Vilella
O decreto do Governo estadual que estabelece o revezamento de atividades comerciais não essenciais está valendo desde quarta-feira,17, mas a decisão tem dividido opiniões. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não recomenda, por enquanto, a flexibilização das medidas de prevenção adotadas por Goiás, pelo motivo de o cenário não ser nada animador.
A informação consta no Boletim InfoGripe, feito com base em dados sobre notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. O termo se refere a notificações sobre Influenza A, Influenza B, vírus sincicial respiratório (VSR), e SARS-CoV-2 (covid-19). Destes, o novo coronavírus representa 97,9% dos registros e é responsável por 99,3% de 210 mil mortes reportadas no sistema nacional SIVEP-gripe. Segundo o boletim, todas as regiões do País encontram-se em zona de risco e com ocorrência “muito alta” de casos de SRAG.
Apesar da não recomendação para reaberturas, a Fiocruz aponta estabilização nos registros de casos no território goiano, após o levantamento anterior indicar sinal de crescimento a longo prazo. Para a Fundação, a flexibilização em Goiás e outros estados na mesma situação será viável somente após a sinalização de queda nos casos a longo prazo.
Goiás ultrapassa 10 mil mortes por Covid1-9
Nesta quinta-feira, 18, Goiás chegou ao patamar trágico de 10.045 mortes por Covid-19, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foram registradas 135 mortes pela doença e 3.238 novos casos em um período de 24 horas. Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus e suas variantes, foram confirmados 447.747 pessoas diagnosticadas com Covid-19 no estado.
O secretário municipal da Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, fez um apelo à população goianiense para que respeite as regras de isolamento e contribua para evitar a propagação da doença. Pedroso frisou que a cepa predominante na Capital é a de Manaus, conhecida como P1, e que essa variante é a responsável por 93% dos casos. Além de ser mais contagiosa, essa variante também é mais agressiva em jovens.
De acordo com Pedroso, mais de 10 mil autuações foram realizadas somente em março, na Capital, devido a diversos descumprimentos das medidas impostas pela Prefeitura. “O momento agora é de preservar a vida”, diz o secretário.
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