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Goiânia, 29/05/24
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Divulgação/Fieg

A fala de Mabel foi proferida nesta terça-feira, 9, em reunião virtual com o Procurador Geral da República, Augusto Aras

É sério: Sandro Mabel pede punição a prefeitos que não usarem cloroquina e ivermectina contra Covid-19

10/03/2021, às 00:02 · Por Eduardo Horacio

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, solicitou à Procuradoria Geral da República (PGR) que responsabilize os gestores que não cumprirem a recomendação do MPF para uso de medicação precoce no combate à Covid-19. Mabel agiu como se, de fato, existisse medicação precoce para a Covid-19. Na reunião ele apresentou documentos emitidos pelo Ministério Público Federal em Goiás recomendando a 117 prefeituras o uso de medicação precoce, estando nelas incluídas: hidroxicloroquina, azitromicina, invermectina, nitazonaxida, além de suplementos de zinco e vitaminas C e D no tratamento de pacientes com Covid-19.

A fala de Mabel foi proferida nesta terça-feira, 9, em reunião virtual com o Procurador Geral da República, Augusto Aras e que contou também com a médica Lucy Kerr, que defende existir "medicamentos e tratamento precoce" contra a Covid-19, embora não exista estudos no Brasil ou no mundo que defendam a tese. Além de Mabel, também participou da reunião o deputado federal Giovani Cherini (PL-PR). 

Os estudos já publicados (e avalizados pela Anvisa, entre outros órgãos) mostram que remédios como cloroquina, ivermectina e nitazonaxida têm ineficácia comprovada, o contrário do que Mabel defendeu. Além disso, tais medicamentos podem causar efeitos colaterais graves, como hepatite (ivermectina) ou ataque cardíaco (cloroquina). Nem os fabricantes destes medicamentos defende o uso deles no tratamento contra a Covid-19.


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