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Goiânia, 29/05/24
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Após a decisão, os processos do ex-presidente relacionados à Lava Jato deverão ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal

‘Vamos soltar Fernandinho Beira-Mar’, ‘impedir a sua candidatura em 2018’: a repercussão em Goiás da anulação de condenações de Lula

09/03/2021, às 10:35 · Por Eduardo Horácio

A bancada goiana no Congresso Nacional de 17 deputados federais e três senadores não quis, na maioria, entrar na polêmica envolvendo a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Justiça Federal do Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

Apenas dois deputados federais se posicionaram sobre a decisão, enquanto José Nelto (Podemos) defendeu o ex-juiz Sérgio Moro, Rubens Otoni (PT) saiu ressaltou ser triste “um país onde somos obrigados a comemorar o que deveria ser óbvio: Moro e a justiça do Paraná não tinham amparo legal para julgar Lula. Tudo feito com um único objetivo: impedir a sua candidatura em 2018”. 

“Com a decisão de Fachin, o que temos de evitar é piorar, ainda mais, a divisão política no país. Que a situação jurídica seja decidida nos tribunais, enquanto no campo político tentamos consertar a fratura de um país dividido durante uma pandemia. Não é hora de adiantar 2022”, discordou Nelto. 

Outros parlamentares como Delegado Waldir e João Campos apenas publicou a notícia com o objetivo de gerar debate e, consequente, engajamento em suas mídias sociais. 

Já entre os senadores, apenas Jorge Kajuru (Cidadania) se posicionou. “BRASIL! PENTA CAMPEÃO DA INOCÊNCIA AOS CORRUPTOS!!! VAMOS SOLTAR FERNANDINHO BEIRA MAR [sic] E TANTOS!!!”, pontuou em caixa alta em sua conta no Twitter. 

Os outros dois senadores não tocaram no assunto. A decisão de Fachin, relator da Lava Jato no STF, foi tomada a partir de um recurso da defesa do ex-presidente. O ministro apontou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, que era conduzida pelo então juiz federal Sergio Moro, não era o "juiz natural" dos casos.

Após a decisão, os processos do ex-presidente relacionados à Lava Jato deverão ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que avaliará se os atos nos três processos podem ser validados ou reaproveitados, caso a segunda turma do STF desista do processo de suspeição de Sérgio Moro. 


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