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Cristiane Schmidt também defende a privatização de estatais para aumentar a receita ainda em 2019

Secretária espera socorro de Bolsonaro para pagar salários e diz que gostaria de R$ 1 bilhão da União

17/04/2019, às 00:02 · Por Diene Batista

Em entrevista à Rádio Sagres 730 nesta terça-feira, 16, a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, voltou a dizer que espera ajuda da gestão Bolsonaro para a rápida liberação de parcelas anuais de socorro de acordo com o plano de ajuste que Goiás vai apresentar. 

Schmidt espera que o ministro Paulo Guedes, da Economia, encaminhe ao Congresso Nacional até o fim deste mês o projeto de lei do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) com regras para este socorro. Ela não sabe quanto o Estado terá direito a receber, mas diz que gostaria de ter direito a R$ 1 bilhão em 2019.

A titular da pasta de Economia, resultado da fusão da Fazenda com o Planejamento, espera fazer um ajuste fiscal na ordem de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões em quatro anos. Além disso, o Estado trabalha para aumentar a nota de Capacidade de Pagamento (Capag), emitida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Estado da letra C para a letra B para recuperar o direito de captar empréstimo e aumentar a disponibilidade de caixa do Estado - a exemplo do que fez a Prefeitura de Goiânia. 

Na entrevista, a secretária afirmou que a falta de fluxo de caixa é o maior problema do governo. Por isso, diz não conseguir colocar em dia o salário do funcionalismo. “A gente não consegue pagar no mês trabalhado, porque o grosso da arrecadação conseguimos entre os dias 8 e 10, aí temos de estender o pagamento para o mês seguinte”, disse. Confirmou, ainda, que está mantido o cronograma de pagamento de dezembro, ou seja, parcelas até agosto, e que essa escala só mudará se a União liberar ajuda aos Estados.

Ela defende que o equilíbrio fiscal depende do tripé "salário de ativos, aposentadoria dos inativos e receita". Ela informou que o Estado contratou o economista Paulo Kafner para fazer um estudo sobre a previdência dos servidores públicos, que hoje já gera um deficit anual de R$ 2,5 bilhões.

Cristiane também defende a venda de ativos do Estado. O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que espera vender ainda neste ano a Metrobus e a Iquego, o que acha difícil acontecer. Mas inclui entre os bens passiveis de venda a Celg GT, imóveis do Estado e a concessão de rodovias à iniciativa privada, além do estádio Serra Dourada e o autódromo de Goiânia. 


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