Valorizada por Caiado, CELG GT vale hoje mais que o recebido pela Celg D, vendida por Marconi

Vendida em 2016 pelo então governador Marconi Perillo (PSDB), a Celg D era avaliada em mais de R$ 10 bilhões 2,1 bi, dos quais um pouco  mais de 1 bi foi para os cofres do governo por sua fatia na companhia, que também tinha participação da Eletrobras. A operação foi considerada na época um péssimo negocio aos goianos, que ainda tiveram que herdar R$ 2,5 bi em dívidas. 

Já a Celg G&T, prestes a entrar em operação de ativos, aumentou 50% nestes últimos dois anos, saindo de R$ 1 bilhão para R$ 1,53 bilhão. O secretário-Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, explica que o resultado se dá pela gestão responsável na empresa e entre as razões para privatização está o ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Como o POPULAR divulgou, os tucanos, em cujos governos a Celg D foi vendida para a Enel Distribuição, escreveram nota criticando a política econômica da atual gestão e, em especial, a alienação da Celg GT. A resposta do governo vem, justamente, no sentido de questionar a venda feita na época do governo de Marconi Perillo.

"A 'nota oficial' publicada nesta sexta-feira pelos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton representa um verdadeiro escárnio para com a sociedade goiana. Como de costume, buscam, mais uma vez, manipular a opinião pública com bravatas e falsas afirmações", escreve o secretário. 

A nota do governo questiona, inclusive, a credibilidade dos tucanos, diante de processos judiciais que respondem ou já responderam. Lima afirma que, ao criticar a administração de Ronaldo Caiado (DEM) em relação às contas públicas, os ex-governadores "querem imputar à atual gestão um endividamento que foi causado por eles ao longo dos 20 anos em que estiveram à frente do governo estadual."

O titular diz, ainda, que os dados apresentados pelos tucanos em relação à Celg GT são falsos e chama de vexatória a negociação feita no governo peessedebista para venda da Celg D. 

"Trata-se de evidente mentira a afirmação lançada pela dupla segundo a qual a Celg GT foi uma empresa criada por eles. Na verdade, foi a Lei Federal no 10.848/2004 que determinou a desverticalização das concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica que atuam no Sistema Interligado Nacional (SIN).”

Ainda sobre a venda da Celg D, o secretário questiona "por que [os tucanos] abriram mão de 30 anos de contrato, com a renovação da concessão já aprovada pela Aneel, com prejuízo da ordem de quase R$ 7 bilhões."

Ao vender a Celg, Marconi justificara que iria finalizar obras, mas o que deixou mesmo foram credeqs, hospitais e rodovias inacabadas, que posteriormente foram entregues por Caiado, a exemplo dos hospitais regionais que foram concluídos pela atual gestão e estão sendo usados no combate a pandemia.

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