Curva de óbitos mostra queda da Covid-19 em Goiânia

Os registros de óbitos pela Covid-19 em Goiânia no último mês de outubro estão no mesmo patamar de junho, quando a pandemia começava a crescer na capital. Até então, foram confirmadas 163 mortes pela doença, enquanto que em junho foram 186 óbitos. 

Os números mostram que há queda nos registros desde setembro e que foi mais acentuada nos últimos 30 dias. Para as autoridades sanitárias, as estatísticas sustentam as últimas flexibilizações de atividades em Goiânia. 

Vale ressaltar ainda que a capital apresenta um atraso nas notificações dos óbitos, sendo que apenas 53% das mortes são confirmadas como de Covid-19 em 24 horas, como preconiza o Ministério da Saúde. Ainda assim, levando em conta esse período, é possível afirmar que Goiânia poderá atingir um patamar de até 290 óbitos ocorridos em outubro. Esse índice ainda confirmaria a queda de mortes por Covid-19, estando abaixo das ocorrências de julho.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Yves Mauro Ternes, confirma que desde setembro é verificada uma redução de óbitos por Covid-19 na capital. Para ele, essa curva epidemiológica se compara ao que se tem com a Influenza e outras síndromes respiratórias agudas graves, que passam a ter uma redução a partir do segundo semestre do ano. 

Ainda para o gestor, já não há mais tanto interesse no número de casos, já que isso pode aumentar a partir do acréscimo de testes realizados. Assim, a SMS se baseia no número de óbitos e de internação para verificar a situação da doença na capital. 

Atualmente, é calculada uma taxa de infecção abaixo de 1,0, o que define a queda na curva. Ou seja, uma pessoa infectada, estatisticamente, já não consegue transmitir o vírus à outra. No entanto, o índice exato ainda não é divulgado devido o atraso nos registros, sobretudo durante os feriados.

Ternes afirma que a SMS tem feito uma busca ativa dos óbitos, em registros da assistência social e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), na tentativa de reduzir o período entre a morte e o registro no sistema. Ele considera que 70% dos casos têm sido registrados em até 10 dias e que, por isso, a situação não vai influenciar no formato da curva. Ou seja, a SMS garante que em outubro se tem menos óbitos do que em setembro, que já teve queda em relação a agosto. 

“Aumento de casos pode ocorrer se a população não precaver. Existe grande possibilidade das flexibilizações se manterem, pois não impactaram nas curvas de óbito e de internações”, considera Ternes. 

Em relação ao Estado, os números da Secretaria de Estado de Saúde também demonstram queda de óbitos a partir de agosto, sendo evidenciado com os dados de outubro. Até então, em agosto houve registro de 1.672 óbitos, enquanto em setembro foram 1.249 e em outubro 661.

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