Marconi saiu do Estado após ser preso e tenta achar culpados

Recolhido em São Paulo desde a derrota em 2018, o governador Marconi Perillo (PSDB) reapareceu em evento de Talles Barreto nesta terça-feira, 20, e tenta achar culpados por sua opção de vida quase clandestina em outro Estado. A mudança foi após a prisão na Operação Cash Delivery, do MPF, que levou o tucano à prisão em outubro de 2018.

Consumado o fiasco eleitoral em outubro de 2018, Marconi Perillo decidiu sair de cena. Não apareceu ao lado de aliados para examinar o resultado da disputa e simplesmente mudou-se com a família para São Paulo para trabalhar como consultor de uma multinacional. 

Querendo sair de cena, Marconi agiu como se tivesse uma ligação qualquer com o Estado que chegou a governar por quatro vezes, sem nenhum compromisso maior. De volta para tentar salvar algum espólio político, Marconi tentar terceirizar suas culpas. 

“Qualquer empresário que me desse oportunidade seria implacavelmente perseguido e muitos chegaram a ser pelo simples fato de serem meus amigos.  Então fui convidado a trabalhar nessa empresa onde atuo com dignidade para cuidar da minha família”, afirmou sem, contudo, dizer quem foi perseguido. 

Quem conhece os 20 anos do “Tempo Novo” sabe quem foi perseguido. Mais de 50 jornalistas foram processados e outros terrivelmente perseguidos por críticas à sua gestão. Henrique Morgantini, Lênia Soares, o blogueiro Cloves Regis, dentre tantos outros. Este último já emplacou pelo menos cinco vitórias em decisões interlocutórias e sentenças movidas a mando do então governador. 

Se Marconi quer mesmo se redimir de seus pecados e voltar após quase dois anos recluso em outro Estado, podia começar contando a verdade, fazendo uma autocrítica honesta e direta com o povo, pois aquele tempo não faz falta aos goianos e muito menos à política de Goiás.

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