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Goiânia, 29/05/24
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Uma decisão liminar desta semana permitiu o retorno de oito creches e berçários

Com liminar para berçários, outras instituições devem ir à Justiça para retorno das aulas

24/09/2020, às 10:11 · Por Pedro Lopes

Instituições de ensino privadas vão entrar na Justiça para realizar atividades presenciais em Goiás e tentar a definição de data para o retorno das atividades. De acordo com os critérios da Saúde Estadual tem que haver diminuição de média de mortes por coronavírus em 15% e ocupação de leitos críticos de Covid-19 em 75%, números que ainda não foram alcançados.

Uma decisão liminar desta semana permitiu o retorno de oito creches e berçários e há uma insatisfação do setor com a permissão da retomada de outras atividades, como bares e comércios, e a falta de previsão para o retorno da Educação. As aulas presenciais em Goiás foram suspensas entre 15 e 18 de março.

“Se a escola manifestar que tem condições de voltar e a família tiver disponibilidade de voltar o aluno, por que não pode?”, questiona o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe).

O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, explicou que a suspensão das aulas ajuda a diminuir internações pela Covid-19. “Há equilíbrio no sistema de saúde e não tem faltado assistência, mas é um equilíbrio com um platô alto. Por isso não dá para voltar aula presencial ainda, pois quebraria este equilíbrio e poderia ter desassistência e colapso do sistema privado e público", comenta.

Já a Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc), Fátima Gavioli, diz que a rede pública estadual ainda não tem previsão para retomada das atividades de ensino, mas que respeita a rede privada se eles entenderem que estão prontos para a volta. “Em todos os Estados, a rede privada tem retornado antes que a pública e isso se deve ao número de alunos atendidos e a maior possibilidade de monitoramento. A rede pública tem 532 mil (estudantes em Goiás). Uma escola privada se organiza com menos alunos”, afirma a secretária.

As aulas remotas da rede estadual estão previstas para encerrar em 18 de dezembro e o ano letivo deve ser retomado em 18 de janeiro. Segundo Fátima, o calendário deve continuar sem alteração, mesmo se houver o retorno das aulas presenciais. Em reunião do gabinete de crise da Seduc desta terça-feira (22) foi ventilada a possibilidade de que, quando houver a volta das atividades presenciais, o limite de estudantes por escola seja de 30%. O tema ainda está em discussão.


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