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Foto: Divulgação

Mato toma conta da Lagoa Princesa do Vale, em Goianésia

Em Goianésia, Renato de Castro conseguirá dar a volta por cima?

26/03/2019, às 00:00 · Por Diene Batista

Eleitos em 2016, os correligionários do MDB Renato de Castro (Goianésia) e Iris Rezende (Goiânia) divergem tanto na experiência como na estratégia de gestão. Iris tomou posse pela 4ª vez enquanto que o neófito Renato somava quatro anos como vice de Gilberto Naves (2008-2012) e dois anos na Assembleia Legislativa (2014-2016).

Enquanto Iris emergiu por dois anos em busca de equilibrar as contas da prefeitura, Renato emplacou descontos em impostos e iniciou gestão realizando grandes eventos. Mesmo sucedendo a desastrosa gestão Jalles Fontoura (PSDB), Renato concedeu desconto de 50% no IPTU em 2017 e 40% em 2019, ao mesmo tempo que investia pesado no carnaval no novo festival Goianésia Mix.

Na contramão, Iris eliminou cargos comissionais, cortou shows, aplicou a atualização da planta de valores do IPTU, aprovado em 2015, o que elevou em R$ 200 milhões a arrecadação e atacou a sonegação. 

Questionado e com vereadores resilientes, Iris sempre remete à década de 60, quando foi prefeito pela primeira vez e precisou explicar a criação de impostos numa cidade que carecia de tudo, inclusive de um sistema de arrecadação. O emedebista explica que só arrefeceu as críticas após a inauguração de obras, que seriam inexequíveis com uma cidade ainda presa na idade média. 

Após seis décadas, a receita irista se mantém: cortes de despesas e aumento de receita para equacionar o orçamento e realizar. “O povo não importa em pagar imposto, mas querem ver obras”, diz.

É razoável o argumento de Renato sobre a capacidade contributiva, mas imóveis do nobre Setor Sul chega a pagar R$ 100 de IPTU, o que dá apenas R$ 0,27 centavos por para limpar, iluminar, sinalizar ruas, manter a conservação do asfalto, fora outros serviços. Faz mesmo diferença pagar tão pouco se o mesmo contribuinte paga até 10 vezes mais de IPVA?

Claro que há outras fontes de arrecadação, mas o IPTU é o que mais impacta o início do ano e o de mais fácil previsão frente a outros como ISS, ISQN. 

Passada a tormenta Iris lançou lançou a Avenida Leste Oeste, três grandes viadutos a recuperação de 600 vias e voltou a pagar o servidor no mês trabalhado; já Renato patina pra tirar do papel a praia artificial da Lagoa Princesa do Vale, uma de suas principais promessas, e a cidade voltou a conviver com atrasos de fornecedores. 




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