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Não há entre eles, porém, projeto comum e nem posicionamento político que os coloquem em um mesmo palanque sem que haja constrangimentos

Oposição em Goiânia crê que soma de candidatos ruins se transforme em nome bom

15/08/2020, às 12:01 · Por Eduardo Horácio

Com a proximidade da sucessão municipal, remarcada em 1º turno para 15 novembro, os pré-candidatos a prefeito de Goiânia finalmente tentam movimentar-se. Até aqui, a pré-campanha na capital foi praticamente inexistente.

Após uma sucessão de lives e vídeos em redes sociais, alguns patrocinados, que dialogam apenas com seus próprios seguidores, parte dos pré-candidatos avalia a tentativa de unidade das oposições para enfrentar o prefeito Iris Rezende (MDB), que ainda não decidiu se disputa a reeleição.

A iniciativa partiu da vereadora Cristina Lopes (PL) e do deputado federal Elias Vaz (PSB) e quer agregar outros postulantes: o deputado federal Francisco Júnior (PSD), o deputado estadual Alysson Lima (Solidariedade) e Virmondes Cruvinel (PPS), além da deputada estadual Adriana Accorsi (PT). Uma primeira conversa entre eles já foi realizada.

Não há entre eles, porém, projeto comum e nem posicionamento político que os coloquem em um mesmo palanque sem que haja constrangimentos. Só o que une nomes de diversas correntes políticas em Goiânia é a baixa intenção de votos nas pesquisas eleitorais de consumo interno e o imenso desejo de ocupar a cadeira de Iris Rezende.

Uma hipotética grande aliança das oposições na capital criaria um cenário inóspito. De opositores a defensores apaixonados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De progressistas e defensores dos direitos humanos a ultra conservadores (evangélicos e católicos). De ex-tucanos, aliados históricos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) a alguns de seus opositores... Uma salada de difícil compreensão.

A crença de Cristina Lopes e Elias Vaz, ex-colegas de legislativo municipal, com a iniciativa de uma grande aliança, mesmo que sem nenhum projeto comum relevante, é levar adiante uma máxima já bastante conhecida no ambiente político de Goiás: de que para ganhar uma eleição vale tudo, só não vale perder.

A tentativa de unidade esconde, porém, uma estratégia, digamos, intrigante: a soma de candidatos ruins para chegar a um que seja bom, que a população engula. Verdade que na política nunca é possível dizer que já se viu de tudo.


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