Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Jornalista Cileide Alvez afirma que prefeito repete modelo que o consagrou como gestor público, enquanto oposição patina presa apenas em “varejo” e “picuinhas”

Cileide Alves explica gestão Iris: “Corte de despesas, eficiência na arrecadação, economia de gastos, poupança e construção de obras”

15/08/2020, às 12:13 · Por Pedro Lopes

Em artigo publicado em O Popular na edição deste sábado, 14 de julho, a jornalista Cileide Alves faz uma avaliação do cenário eleitoral em Goiânia. Mesmo relatando o que considera problemas na Capital, a colunista lista os méritos da gestão Iris Rezende (MDB) ao mesmo tempo em que evidencia o descompasso da oposição na cidade.

“Iris dedicou-se a implantar o modelo de gestão administrativa que aprendeu quando foi prefeito pela primeira vez, em 1966, e que repetiu em seus dois governos no Estado e novamente nas três gestões na prefeitura a partir de 2005: corte de despesas, eficiência na arrecadação de tributos, economia de gastos, poupança e construção de obras nos dois últimos anos de administração, principalmente no ano eleitoral”, avaliou Cileide.

Na contramão, Cileide Alves enxerga a oposição desarticulada e presa em miudezas. “Esse grupo reconhece, mesmo que não expressamente, ter projeto, mas que não foi capaz de demonstrá-lo nem de construir um candidato capaz de sustentá-lo. Perdeu muito tempo fazendo oposição no varejo (lixo nas esquinas, buracos na rua, falta de médico em posto de saúde) e com picuinhas do cotidiano da política”.

Leia abaixo, na íntegra, o artigo publicado em O Popular:

Nunca foi fácil captar o sentimento oculto da população antes de uma eleição. Em meio a anormalidade continuada da atual pandemia, iniciada em fevereiro no Brasil e com previsão de se estender para 2021, o desafio para conhecer a cabeça do eleitor torna-se mais complexo, apesar das eficientes ferramentas de aferição, sejam as já conhecidas pesquisas quantitativas e qualitativas ou aquelas agregadas pelo marketing político digital.

Em Goiânia, partidos e pré-candidatos patrocinam as chamadas qualitativas para identificar o humor da população enquanto aguardam o prefeito Iris Rezende decidir se será candidato à reeleição. Eles tentam construir os possíveis cenários do debate eleitoral e definir como poderão nele se inserir. Na semana passada este jornal revelou a movimentação de um grupo de pré-candidatos na tentativa de construir uma unidade da oposição em Goiânia a partir de algumas afinidades políticas. O elo a unir nomes como os deputados federais Elias Vaz (PSB) e Francisco Júnior (PSD), a vereadora Cristina Lopes (PL), os deputados estaduais Virmondes Cruvinel (Cidadania), Eduardo Prado (DC) e Alysson Lima (Solidariedade), que se reuniram para discutir essa ideia, é menos a improvável articulação de uma candidatura única e mais a consolidação de unidade no discurso para nele agregar valor.

Este grupo colheu nas qualitativas um desejo latente de guinada na gestão da cidade. Goiânia teria chegado a um ponto de exaustão. Em comum, pobres e ricos percebem-se presos nos engarrafamentos de trânsito, os primeiros em ônibus lotados de um transporte público ineficiente e à beira de um colapso e os segundos em seus carros com ar-condicionado, mas igualmente parados. A prefeitura de Iris responde com construção de viadutos, de trincheiras e de novas vias expressas, como a Leste-Oeste, ações vistas apenas como mitigadoras.

A melhoria da mobilidade urbana exige também investimentos em engenharia de tráfego (a atual organização do trânsito remonta à época em que Goiânia era uma pacata capital) e, claro, na boa gestão do transporte público, que a prefeitura tem deixado a desejar. Questões semelhantes aparecem em relação a outros temas urbanos, que vão exigir mais que obras físicas, mas soluções mais criativas e complexas.

Apesar da convicção de que diagnosticou corretamente os desejos da população, o grupo sabe que não conseguiu transformá-los em discurso político para dar visibilidade (leia-se viabilidade eleitoral) a quem o sustenta. Em comum, além da defesa de um provável projeto político, os integrantes deste grupo apresentam baixos índices nas pesquisas quantitativas realizadas pelos partidos. Se descontar a margem de erro, eles aparecem muito próximos uns dos outros, daí Elias Vaz defender a articulação de uma “candidatura robusta”.

Em outras palavras, esse grupo reconhece, mesmo que não expressamente, ter projeto, mas que não foi capaz de demonstrá-lo nem de construir um candidato eleitoralmente capaz de sustentá-lo. Perdeu muito tempo fazendo oposição no varejo (lixo nas esquinas, buracos na rua, falta de médico em postos de saúde) e com picuinhas do cotidiano da política, enquanto Iris dedicou-se a implantar o modelo de gestão administrativa que aprendeu quando foi prefeito pela primeira vez, em 1966, e que repetiu em seus dois governos no Estado e novamente nas três gestões na prefeitura a partir de 2005: corte de despesas, eficiência na arrecadação de tributos, economia de gastos, poupança e construção de obras nos dois últimos anos da administração, principalmente no ano eleitoral.

Não é de se estranhar que o prefeito possa se dar ao luxo de esconder até o último minuto se vai ser candidato. Ele tem o controle absoluto da partida, tanto que segura a bola para ninguém jogar. Há uma expectativa de que o prefeito finalmente se manifestará na próxima semana, já que se avizinha o prazo para as convenções partidárias (entre 31 de agosto e 16 de setembro). Mas isso vai depender única e exclusivamente dele, o dono da bola, e não dos adversários ávidos por entrar na partida, mas incapazes de mostrar o que têm para o jogo.


Iris Rezende Goiânia Cileide Alves Artigo Prefeitura de Goiânia
P U B L I C I D A D E