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Goiânia, 29/05/24
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O delator em questão afirmou que Baldy o procurou em setembro de 2018 oferecendo-lhe cargo de secretário de estado para que obtivesse foro especial

Assédio a delator há quase dois anos foi pivô para prisão de Baldy

13/08/2020, às 09:36 · Por Pedro Lopes

O juiz Marcelo Bretas apontou um suposto assédio a um delator há quase dois anos como o pivô da prisão temporária de Alexandre Baldy, que foi solto na madrugada do último sábado, pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), alegando que os indícios são fatos antigos. 

Apesar disso, o ministro avaliou necessária a detenção por cinco dias para evitar que ele orquestrasse versões junto a outros investigados. Baldy foi preso sob suspeita de receber propina em torno de R$ 1,4 milhão de membros da organização social Pró-Saúde. Ele é secretário licenciado de Transportes de São Paulo.

O delator em questão afirmou que Baldy o procurou em setembro de 2018 oferecendo-lhe cargo de secretário de estado para que obtivesse foro especial. Ele também mostrou mensagens enviados por Baldy no início de 2019 com suas investidas. 

Também fomentaram os indícios o encontro de Baldy com Edson Giorno  em setembro de 201. Edson é ex-funcionário da Pró-Saúde que se tornou delator um mês depois da Operação SOS, que prendeu outras pessoas ligadas à entidade.

“Há indicação de que Alexandre [Baldy] e Rodrigo [Dias] se utilizam de métodos para obstruir investigações em andamento, o que fortalece a necessidade da prisão temporária para o caso. É ver que a segregação também terá o condão de evitar interferência dos investigados durante a realização das medidas cautelares deferidas”, apontou o magistrado.



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