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O relatório do estudo feito em oito terminais da capital com 2.240 trabalhadores

Sem adesão de empresários, escalonamento deverá ser obrigatório em Goiânia

07/05/2020, às 10:55 · Por Pedro Lopes

Os empresários da capital não aderiram de forma voluntária à recomendação de escalonamento de horários para diminuir as aglomerações no transporte coletivo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) entre os dias 29 de abril e 06 de maio. A medida, adotada para conter o avanço do coronavírus em Goiânia, foi sugerida pela CMTC e acatada pelo prefeito Iris Rezende (MDB) na semana anterior. 

Na pesquisa realizada pelo município em oito terminais, 2.240 trabalhadores informaram que 60% dos estabelecimentos continuam abrindo às 07h ou às 08h, que são os horários normais da cidade. Não há, portanto, uma divisão entre os cinco horários criados. A pesquisa mostrou ainda presença de trabalhadores no transporte coletivo de segmentos que não têm autorização para abrir.

“A intenção da prefeitura, num primeiro momento, era de recomendar, mas vimos que apenas cerca de 15% dos empresários entenderam a importância de diluir o fluxo no transporte coletivo”, disse titular da Sedetec, Walisson Moreira. "Se não flexibilizarem o horário da empregada doméstica, por exemplo, as pessoas colocaram a própria família em risco e também a profissional”, reforçou.

O estudo verificou que 46% dos entrevistados atuam em segmentos que não estão liberados para atuar. Os dados serão levados na próxima reunião do comitê de crise e deverá servir para ajustes no decreto. “Muitos responderam fazer parte do segmento serviços gerais, o que não estava previsto no decreto e será usado para possíveis ajustes no escalonamento, como inclusão de novos segmentos e mudança no horário de entrada”, acrescentou o secretário, que acredita que a medida deixará de ser uma recomendação para se tornar obrigatória. 

Se isso acontecer, os fiscais da Central de Fiscalização Covid-19 poderão e deverão notificar, multar, interditar e até mesmo promover denúncia na Justiça. “Existem muitas pessoas trabalhando em empresas que não poderiam estar abertas. Essa conclusão precisa de mais análise para comprovação estatística”, apontou um trecho da conclusão do relatório realizado pelo município.


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