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Redução do consumo de energia, dos combustíveis e a redução do preço do petróleo agravem crise no setor

Consumo de etanol cai 60% durante pandemia do coronavírus em Goiás

25/04/2020, às 11:20 · Por Pedro Lopes

O presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol em Goiás (Sifaeg), André Luiz Rocha, afirma que a demanda por etanol caiu aproximadamente 60% no Estado durante a quarentena do coronavírus. A queda no consumo motivou a Sifaeg a enviar ofício à Assembleia Legislativa em que pede a redução temporária da tributação do PIS/Cofins sobre o biocombustível e que haja o aumento na cobrança das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Sobre o Cide, André explica que este é o “colchão”. “Basta diminuí-lo se o preço do etanol voltar a subir para não sacrificar o consumidor”, demonstra. Segundo ele, inclusive, isso já foi feito em 2008, durante a crise daquele ano. O presidente da Sifaeg aponta, ainda, que é necessário de uma linha de crédito por parte do governo federal para estocar o que não será vendido agora – mesmo que haja limite para essa estocagem.

“Trata-se de um produto de agricultura, que tem hora de plantar e colher”, relata sobre os impactos da pandemia a médio prazo e continua: “Tem também a questão da competitividade. Preciso ter um diferencial tributário, temporário. Vendíamos R$ 2 bilhões de litros por mês, agora cerca de R$ 700 milhões. Nesses próximos 90 dias devemos vender pouco mais do que vendíamos em um mês.”

André explica que o mundo vive dois momentos. No primeiro, há a redução de demanda de energia, não só de etanol. “Isso, por conta da atividade econômica. Redução da atividade, seja da gasolina, etanol ou diesel, mas também do consumo de açúcar. A maior vendo que temos, nesta questão, são de produtos industrializados.”

Já sobre o segundo momento é a redução dos próprios preços do petróleo – que também tem como pano de fundo do decréscimo da atividade econômica. Segundo André, os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tentaram tratar sobre a redução da produção do petróleo, mas houve uma briga entre Rússia e Arábia Saudita. “A Rússia não diminuiu a produção, então a Arábia Saudita aumentou”, resumiu. Com isso, países como Brasil, Estados Unidos e a própria Rússia, estão com custo maior de produção que de venda. “E muitos países usam o petróleo como fonte primária de energia.”



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