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Goiânia, 20/04/24
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Receitas públicas caíram substancialmente devido à paralisação da cidade. Mas os serviços precisam continuar em pleno funcionamento, em especial os de Saúde

Enfrentamento à covid-19 em Goiânia é inflamado por tramas políticas

17/04/2020, às 10:23 · Por Pedro Lopes

O mundo virou de cabeça para baixo desde que a onda pandêmica da Covid-19 invadiu países afora. E o Brasil, enquanto país continental, enfrenta um grande desafio que perpassa por ambições políticas  em detrimento do que deveria ser uníssono: preservar vidas. 

A crise escancara um país inflamado por antagonismos políticos em meio ao debate sobre saúde pública que move o momento. Goiás incluso. Em países em que a onda de mortes se acentuou numa escala assustadora, o debate político foi pausado e o empresariado se mobilizou junto aos governos por iniciativas emergencias.

É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, que estaria neste momento embalado pelo debate da sucessão de Donald Trump. O próprio presidente ensaiou sensatez ao admitir a gravidade da doença, mas vetou recentemente fundos à Organização Mundial da Saúde.

No Brasil, o que se vê são troca de farpas em rodeio movido a aplausos e vaias. Enquanto isso, o vírus avança. Em Goiás, vê-se um governador blindado pela sua atuação médica e sem adversário no horizonte. Ronaldo Caiado pisa em linha tênue entre se manter aliado a Jair Bolsonaro e continuar defendendo medidas de restrição como a melhor solução que o momento exige. 

Na capital Goiânia, ao passo que a crise ainda não chegou em sua fase aguda, opositores ao prefeito Iris Rezende já montaram seu arsenal bombardeando sua gestão de olho em ocupar sua cadeira ao fim do próximo pleito. Despontam Adriana Accorsi (PT), Francisco Júnior (PSD) e Elias Vaz (PSB). Todos pré-candidatos. 

A própria classe empresarial ainda não se uniu por franca missão solidária. O executivo municipal está sozinho. As receitas públicas caíram substancialmente devido à paralisação da cidade. Mas os serviços precisam continuar em pleno funcionamento, em especial os de Saúde. 

O decreto que suspendeu contratos e gratificações foi alvo de grande alvoroço pela oposição que viu ali margem para politizar uma medida emergencial cujo foco é preservar vidas. Sem contenção, o sistema de saúde entrará em colapso e, por consequência, outros também.  



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