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Goiânia, 29/05/24
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Fábio Rodrigues / Agência Brasil

Recursos serão entregues de maio a outubro e se referem à diferença de arrecadação, quando houver, entre os meses de abril a setembro dos dois anos

Governo quer derrubar ajuda a Estados que exagerem em medidas contra a covid-19, afirma Major Vitor Hugo

15/04/2020, às 10:11 · Por Pedro Lopes

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Major Vitor Hugo,  tentará modificar no Senado o projeto de lei de ajuda aos estados e municípios, aprovada na noite desta segunda-feira pelos deputados federais. A declaração foi dada em entrevista à rádio Sagres 730.

Na oportunidade, o parlamentar disse que a intenção é privilegiar administrações mais alinhadas com o Governo, preocupadas com a redução de empregos e que não estão exagerando nas medidas de combate ao coronavírus.  

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi contra as medidas de isolamento social adotadas especialmente pelos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, seus adversários políticos, assim como pelo Governo de Goiás que praticamente pararam as atividades econômicas.

Por isso o governo pretendia dar uma ajuda per capta no valor total de R$ 22,5 bilhões. O projeto aprovado na Câmara prevê compensação do ICMS e do ISS que os entes federados deixaram de arrecadar por conta da crise, estimado em R$ 80 bilhões, 30% da receita prevista para o ano de 2020.

“A proposta do governo era que essa distribuição fosse feita de maneira per capta, então todos os municípios, dos menores aos mais remotos, receberiam um apoio para o possível enfrentamento do coronavírus”, disse.

Segundo Major Vitor Hugo, a forma que o governo propôs ia dedicar nesse momento na distribuição per capta em torno de R$ 22,5 bilhões. Seria, portanto, R$ 11,25 bilhões para Estados e R$ 11,25 para municípios. "Ou seja, todos os Estados e municípios receberiam de maneira proporcional à sua população, o critério mais razoável", afirmou. 

O Projeto de Lei Complementar 149/19, aprovado ontem por 431 votos a 70, será enviado ao Senado. O substitutivo apreciado foi do deputado Pedro Paulo (DEM/RJ) e prevê que o dinheiro deverá ser usado em ações de enfrentamento ao coronavírus.

Os recursos serão entregues de maio a outubro e se referem à diferença de arrecadação, quando houver, entre os meses de abril a setembro dos dois anos. Assim, por exemplo, se em setembro não for verificada queda de arrecadação, não haverá repasse.

Para receberem os recursos, os estados e municípios devem encaminhar ao governo federal o demonstrativo da receita corrente líquida (RCL) apurada no mês anterior até o dia 15 de cada mês. Se houver atraso, apenas 10% da arrecadação dos tributos em 2019 será repassada até o envio dos dados.

Caso o montante antecipado seja maior que a compensação devida, a diferença será deduzida do repasse do mês seguinte ou, se ocorrer no último mês, descontada dos primeiros repasses dos fundos de participação dos estados (FPE) ou dos municípios (FPM).



Major Vitor Hugo Jair Bolsonaro Henrique Mandetta
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