Grupo gestor descarta piso sintético em novo Serra Dourada

O principal palco do futebol goiano, o Estádio Serra Dourada, manterá seu gramado natural após a reforma e modernização. A informação foi confirmada com exclusividade ao POPULAR pelo diretor Samuel Lloyd, do grupo Construcap, que assumiu a administração do estádio via concessão do Governo de Goiás.

A decisão vai na contramão de uma tendência crescente no futebol brasileiro, que viu o debate sobre gramados sintéticos ganhar força, especialmente após o Flamengo protocolar junto à CBF um pedido de padronização e melhoria, sugerindo o fim dos campos artificiais. Na Série A de 2026, seis clubes já preveem mandar jogos em pisos sintéticos.

"O gramado será natural. Queremos que todo mundo tenha muito orgulho, como sempre teve, do gramado do Serra. A gente nunca pensou [em mudar para o sintético]", afirmou Samuel Lloyd.

O diretor reforçou a posição, citando outro estádio gerido pelo grupo: "O Mineirão é um dos estádios do grupo (Construcap). Lá, nós também não cogitamos mudar o gramado para o artificial. Aqui (no Serra Dourada), não passa pela nossa ideia."

Adaptações para Preservar o Campo

Apesar de manter o gramado "Bermuda Celebration" natural, o Novo Serra Dourada passará por mudanças estruturais para proteger o campo, especialmente em eventos não esportivos:

Rebaixamento do Piso: A altura do campo será rebaixada em 1,5 metro, alinhando-se aos futuros camarotes inferiores que serão construídos.

Fim da Grama no Entorno: O gramado sintético que atualmente cobre o entorno do campo será retirado. Em seu lugar, será construído um espaço de concreto para a montagem de palcos e estruturas de shows.

"Tiramos o gramado do entorno, exatamente para viabilizar as montagens de palco e estruturas que os shows precisam sem usar o gramado natural. Então, aqui no Serra Dourada, diferente de outros estádios, o palco, por exemplo, sempre vai ser montado fora do gramado. Isso melhora muito a qualidade do gramado, que vai ser natural", concluiu Samuel Lloyd.

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