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Goiânia, 29/05/24
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André Costa

Empresas que receberam benefícios fiscais só investiram 60% do previsto em Goiás, diz CPI

CPI aponta que cada emprego de incentivo fiscal custava até R$ 833 mil por mês

11/03/2020, às 15:48 · Por Pedro Lopes

Os incentivos fiscais oferecidos pelo governo de Goiás por meio de créditos outorgados, Produzir e Fomentar a empresas em Goiás tinha um custo alto ao povo goiano. Em alguns casos, conforme aponta relatório da CPI dos incentivos na Assembleia Legislativa (Alego), esse custo foi superior a R$ 10 milhões por ano, o equivalente a R$ 833 mil por mês.

Em outros dois casos, cada emprego gerado teria custado, em média, entre R$ 83 mil e R$ 833 mil por mês. A questão é alvo de uma das principais recomendações feitas pelo presidente da CPI dos incentivos, Humberto Aidar. Segundo o Jornal o Popular, apenas 60% do volume de investimento projetado pelas empresas que receberam algum tipo de benefício fiscal no Estado foram cumpridos. 

De um total de 455 CNPJs inscritos em quatro programas ou subprogramas de incentivos (Centroproduzir, Fomentar, Microproduzir e Produzir) e que passaram por auditorias de investimentos entre 2011 e 2018, com um volume de R$ 88,5 bilhões em benefícios, essas empresas deveriam ter investido aproximadamente R$ 9,5 bilhões no período analisado, mas as auditorias conseguiram comprovar somente R$ 5,6 bilhões.

Dados da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), que constam no relatório da CPI, mostram que a proporção seria ainda menor se considerado o volume total de investimento projetado ao longo dos anos, R$ 82,2 bilhões. O relatório é da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga a concessão de incentivos fiscais em Goiás. 



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