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O empresário deve R$ 1,17 milhão em pensão alimentícia
Justiça mantém ordem de prisão contra Carlinhos Cachoeira por dívida de pensão; ex-esposa é autuada após 'invasão' em escritório
03/12/2025, às 17:19 · Por Redação
A Justiça de Goiás manteve a ordem de prisão contra o empresário Carlinhos Cachoeira por uma dívida de pensão alimentícia que alcança R$ 1,175 milhão. O juiz Liciomar Fernandes da Silva, da 6ª Vara de Família de Goiânia, rejeitou os argumentos da defesa que alegavam falta de condições financeiras e questionavam o padrão de vida da ex-esposa, Andressa Mendonça. O mandado de prisão segue vigente.
O não pagamento da primeira parcela de um acordo proposto foi o motivo para que a Justiça não suspendesse a ordem de prisão, reforçando a obrigação de Cachoeira com a pensão, que é destinada unicamente à filha menor de idade do casal.
Conflito e Autuação por 'Invasão'
Em meio à ordem de prisão, a ex-esposa de Cachoeira, a advogada Andressa Mendonça, foi levada à delegacia de Goiânia nesta terça-feira (2) e autuada após entrar em um imóvel que pertence a ela, no Parque das Laranjeiras, mas que estava sendo utilizado por um escritório de advocacia que presta serviços ao empresário.
O delegado plantonista da Polícia Civil, Eduardo Carrara, relatou ao POPULAR que a medida adotada por Andressa para reaver seu imóvel foi considerada ilegal. Ela e dois homens que a acompanhavam foram autuados por crimes distintos.
"Ela, ao invés de se valer da Justiça e conseguir um mandado de reintegração de posse do imóvel, quis satisfazer o direito que ela entendia ter de forma própria. Então, isso aí configura o crime de exercício arbitrário das próprias razões", explicou o delegado.
Os seguranças de Andressa foram autuados por falsa identidade, pois se passaram por policiais ao entrarem no escritório, segundo a PCGO.
O Lado da Advogada
Andressa Mendonça, em nota, informou que possui medida protetiva em vigor contra o ex-marido e que aproveitou o momento em que Cachoeira não estaria no imóvel para buscar pertences pessoais, alegando que ele estava foragido e não poderia estar no local.
A advogada afirmou que só descobriu que o imóvel havia sido "indevidamente alugado sem minha autorização, pelo meu ex-companheiro" ao chegar no local e encontrar a fachada alterada, fechaduras trocadas e advogados presentes.
A disputa pelo imóvel é complexa: embora o escritório tenha pertencido a Cachoeira, ele transferiu a propriedade para uma empresa ligada à ex-esposa em 2017. O advogado Matheus Hanun, que ocupa o espaço, afirma que Andressa rompeu a sociedade no ano passado e deixou o imóvel, mas a posse e a propriedade não se confundem legalmente.
Andressa afirma que sua decisão de ir ao local foi para evitar qualquer contato com Cachoeira que pudesse descumprir a medida protetiva.
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