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Goiânia, 03/12/25
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Resultado de janeiro a outubro de 2025 é o melhor em anos e consolida a recuperação fiscal do município

Prefeitura de Goiânia registra superávit primário de R$ 773 milhões

02/12/2025, às 15:00 · Por Redação

A Prefeitura de Goiânia alcançou um superávit primário de R$ 773 milhões entre janeiro e outubro de 2025, conforme dados divulgados no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) de sexta-feira (28). O resultado, que não considera pagamentos de juros e amortização da dívida, demonstra uma trajetória contínua de recuperação fiscal, superando, por exemplo, o superávit de R$ 678 milhões registrado até agosto.

Este número representa uma virada abrupta na situação financeira da capital, que encerrou 2024 com um resultado primário negativo de R$ 166 milhões e, em 2023, havia registrado apenas R$ 31 milhões de superávit. A gestão atual, liderada pelo prefeito Sandro Mabel (UB), considera que o resultado final de 2025 deve ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão, o que seria o melhor resultado da história de Goiânia.

Calamidade e Ajuste Fiscal

O resultado positivo é visto pela gestão como uma consequência direta do ajuste financeiro promovido ao longo do ano. No início de 2025, Mabel publicou decretos de calamidade na saúde e na área financeira, alegando um rombo histórico de cerca de R$ 5 bilhões, principalmente relacionado a dívidas da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e do Imas.

Os decretos foram prorrogados até o final do ano, mas o cenário de calamidade nas contas já é descartado pelos deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para 2026, mesmo com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) tendo se posicionado contrariamente à prorrogação em julho.

O RREO também mostrou que o superávit orçamentário (receita realizada menos despesa liquidada) no período foi de R$ 827 milhões. A receita realizada alcançou R$ 8,3 bilhões, enquanto as despesas liquidadas somaram R$ 7,4 bilhões.


Orçamento Travado na Câmara

Em paralelo à recuperação das contas, o Executivo de Goiânia enfrenta dificuldades na tramitação do Orçamento de 2026 na Câmara Municipal.

A proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, que estima receita e despesa em R$ 10,4 bilhões (abaixo da LOA 2025, de R$ 10,6 bilhões), está travada em meio à crise entre a Câmara e o Paço. Vereadores de oposição acusam a Prefeitura de subdimensionar o Orçamento do próximo ano, gerando resistência e questionamentos sobre os números.



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